O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Marcelo Câmara depõem nesta quinta-feira na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF).
Os depoimentos serão prestados no âmbito das investigações que apuram o suposto planejamento de um golpe de Estado, que teria culminado na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
A PF apura a participação do juiz federal Sandro Nunes Vieira na elaboração de um relatório encomendado pelo PL ao Instituto Voto Legal, contendo supostas vulnerabilidades e irregularidades nas urnas eletrônicas, o que nunca foi comprovado.
Esse documento acabou sendo usado como base de argumentação na tentativa de anular as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo investigadores, o nome do juiz federal surgiu a partir de dados recuperados em nova extração do aparelho celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O magistrado teria atuado de forma ilegal e clandestina ao assessorar o PL na representação eleitoral contra as urnas.
Indícios de fraudes
Além disso, segundo a PF, o Instituto Voto Legal atuou junto com Valdemar e Bolsonaro para disseminar teses de indícios de fraudes nas urnas eletrônicas que circulavam pelas redes sociais, sem qualquer método científico.
Advogado do coronel Marcelo Câmara, Eduardo Kuntz disse que o cliente vai prestar todos os esclarecimentos e responder a todas as perguntas. Já Marcelo Bessa, que defende Valdemar, não quis comentar a estratégia a ser utilizada.
