O Tribunal do Júri da 1ª Vara de Rio Branco julgará nesta sexta-feira (13), às 8h, o último réu acusado de participar de um crime hediondo que chocou a comunidade do bairro Belo Jardim em 2016. Wedson Pereira Ambrósio, conhecido como “Cabeludo”, será submetido ao julgamento presidido pelo juiz Robson Ribeiro Aleixo. O Ministério Público do Acre (MPAC) será representado pelo promotor Carlos Pescador, enquanto a defesa ficará a cargo da advogada Gabriella de Andrade Virgílio.
Wedson foi denunciado pelo assassinato brutal de Gabriel Nunes da Silva, de 17 anos. O jovem, que era usuário de drogas e integrante da facção Comando Vermelho, foi torturado, morto a terçadadas, esquartejado e enterrado em uma área de mata no Ramal da Zezé. Segundo as investigações, a motivação do crime teria sido uma dívida de Gabriel com Claudivan Pereira Ferreira, conhecido como “Pezão”, que era vinculado à facção rival Bonde dos 13.
Na manhã de 2 de dezembro de 2016, Wedson teria ido à casa de Gabriel sob o pretexto de ajudá-lo a procurar um televisor furtado e consumir drogas. Depois de ganhar a confiança do adolescente, ele o levou até uma área isolada no Ramal da Zezé, onde outros envolvidos aguardavam para executar o plano. Além de Wedson, participaram do crime Anacleton dos Santos Moreira, conhecido como “Júnior”, e dois menores identificados como Carlos Eduardo Lima dos Santos, o “Dudu”, e Djean de Souza Leite, o “Maik”.
No local, Gabriel foi atacado por “Dudu”, que desferiu golpes de faca no tórax e abdome. Em seguida, “Maik” utilizou um terçado para desferir golpes que resultaram na decapitação e esquartejamento do adolescente. Após o crime, os envolvidos exibiram a cabeça da vítima como um troféu, exaltando o nome da facção Bonde dos 13. O corpo esquartejado foi enterrado por Anacleton, que também filmou a execução.
Três dias após o homicídio, Anacleton foi preso e confessou participação no crime, levando os policiais até o local onde o cadáver havia sido ocultado.
Desde o ocorrido, outros envolvidos tiveram desfechos distintos. Anacleton foi julgado e condenado a 41 anos de prisão em regime fechado. Claudivan Pereira Ferreira, o “Pezão”, foi encontrado morto em 2018, na Bolívia, com marcas de execução, supostamente ligadas ao tráfico de drogas. Djean de Souza Leite, o “Maik”, também foi assassinado em Rio Branco.