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Três em cada dez mulheres negras agredidas não separam de maridos, diz pesquisa

Rio de Janeiro registrou mais de 300 pedidos de socorro por violência doméstica • Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Apesar do aumento do número de casos de violência, três em cada dez mulheres negras agredidas pelos maridos acabam permanecendo na relação.


O dado faz parte de uma pesquisa do DataSenado e da Nexus, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. A CNN teve acesso aos números nesta sexta-feira (13).


Segundo o levantamento, 72% das mulheres ouvidas — que passaram por algum episódio de agressão — separaram do responsável pela violência, mas 28% permanecem casadas com o agressor.


Entre as mulheres negras que relataram terem sido agredidas por um homem, 53% afirmam que foi pelo companheiro, 13% identificaram o ex-marido como agressor, 5% o namorado e 2% o ex-namorado.


Fora de um relacionamento amoroso, o irmão é o maior responsável pela agressão a essas mulheres (4%) seguido pelo pai (3%).


Mais de metade dos casos está relacionada a ciúmes. Na sequência, aparece o inconformismo pelo término do relacionamento. Drogas e álcool também aparecem nas citações.


“Os dados usados revelaram um quadro alarmante em que mulheres negras são desproporcionalmente vitimadas pela violência”, afirma a pesquisa.


Cerca de 14 mil mulheres negras a partir de 16 anos foram entrevistadas. A coleta de dados ocorreu em 2023. A divulgação da análise dos dados começou neste fim de ano.


 


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