Bocalom cumpriu apenas 17 promessas das 49 em quatro anos como prefeito

Um levantamento divulgado pelo portal de Notícias da Rede Globo nesta segunda-feira, 30, revelou que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), em quase quatro anos após sua posse, cumpriu menos da metade das promessas prometidas no seu plano de governo registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2020.


Segundo os dados, das 49 promessas registradas no TSE, a gestão Bocalom cumpriu apenas 17 totalmente, 10 em parte e 22 não cumpriu. Na área de administração, Bocalom cumpriu a promessa de criar a Comissão Permanente de Avaliação de Desempenho, um instrumento voltado para a gestão baseada na meritocracia. Contudo, outras iniciativas, como o Conselho do Executivo Municipal e o aplicativo de gestão estratégica, permanecem apenas no papel, sem avanços concretos.


Em direitos humanos e sociais, o prefeito conseguiu implementar programas de apoio a dependentes químicos e a distribuição de kits para gestantes em situação de vulnerabilidade social. O Plano Municipal de Atenção à Terceira Idade foi colocado em prática, mas as ações previstas ainda estão incompletas. Promessas como a construção de uma capela no cemitério público e a oferta de cursos profissionalizantes para pessoas com deficiência não tiveram andamento.


No campo da economia, a gestão conseguiu disponibilizar o IPTU detalhado online, medida que facilitou o acesso dos contribuintes. Por outro lado, a implementação do IPTU Verde, com incentivos fiscais para ações ambientais, não saiu do papel.


A educação e a cultura também receberam investimentos, como a destinação de 1% do orçamento municipal para atividades culturais e a realização do Festival da Agricultura. Apesar disso, projetos como a abertura de novas vagas em creches e a introdução da disciplina de empreendedorismo ainda não atingiram suas metas. Iniciativas como festivais de praia, criação de bandas municipais e a implantação de um Museu de História seguem como promessas não cumpridas.


No esporte, a gestão entregou espaços esportivos e adquiriu ônibus para transporte de atletas. Contudo, o programa Bolsa Atleta Estadual, que visa apoiar financeiramente jovens talentos, ainda aguarda implementação.


Na infraestrutura, a remunicipalização dos serviços de saneamento básico e distribuição de água foi uma conquista marcante. A manutenção dos ramais apresentou progresso, mas enfrenta desafios na execução integral. Já propostas como o Programa de Pavimentação Comunitária e o combate à erosão no Calçadão Raimundo Escócio não avançaram.


No setor da saúde, a administração destacou-se com a criação de programas de acompanhamento para pacientes com sequelas de Covid-19 e o envio de equipes de saúde itinerantes para a zona rural. A implementação do terceiro turno nas Unidades de Referência para Atenção Primária (URAPs), por sua vez, está em andamento, mas ainda não foi concluída.


Em mobilidade urbana e meio ambiente, ações como a instalação de sensores nos semáforos melhoraram o trânsito, mas projetos mais amplos, como a criação de um aplicativo de transporte público, permanecem inacabados. Uma promessa curiosamente cumprida nesse setor foi o Programa Balde Cheio, voltado para o fortalecimento da pecuária leiteira.


Por fim, no âmbito da habitação, a construção de 10 mil casas no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, que dependia de parcerias com os governos estadual e federal, não apresentou avanços significativos, deixando a área como um dos principais desafios da gestão.


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