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Sindicato critica sucessivas tentativas de fuga no presídio

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Acre (SINDPOL-AC) emitiu, nesta terça-feira, 17, uma nota pública expressando indignação e repúdio diante das recorrentes tentativas de fuga no sistema penitenciário acreano. Na ocasião mais recente, três detentos conseguiram fugir e outros 14 foram flagrados tentando escapar do presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.


“Mais um episódio vergonhoso registrado nesta data. O que deveria ser um sistema de contenção e segurança tornou-se, na prática, uma verdadeira peneira, expondo a fragilidade estrutural e a falta de compromisso do Governo do Estado com a segurança pública e com os profissionais que atuam na linha de frente”, destacou o comunicado.


O presidente do SINDPOL-AC, Eden Alves Azevedo, afirmou que há anos o sindicato denuncia o sucateamento do sistema prisional, apontando problemas como efetivo insuficiente, falta de equipamentos, estruturas precárias e jornadas exaustivas. Segundo ele, a resposta do governo tem sido o silêncio, enquanto as unidades prisionais se deterioram e se tornam palco de fugas recorrentes, colocando em risco a vida dos policiais penais e deixando a sociedade desprotegida.


“A situação é insustentável. Não aceitaremos que a responsabilidade recaia sobre os policiais penais, profissionais que trabalham com dedicação extrema, mesmo sob condições indignas e humilhantes”, afirmou Azevedo.


O sindicato também apresentou propostas para enfrentar a crise no sistema prisional. Entre as soluções sugeridas estão:


Contratação imediata de novos policiais penais para recompor o efetivo e garantir a segurança nas unidades;


Investimentos emergenciais em infraestrutura e tecnologia nos presídios;


Valorização da categoria, com melhores condições de trabalho, salários dignos e respeito aos profissionais que arriscam suas vidas diariamente.


Por fim, a nota reforçou que, caso o Governo do Estado continue ignorando as demandas da categoria, o SINDPOL-AC não descarta a adoção de medidas mais drásticas. “Não hesitaremos em realizar mobilizações e paralisações para que o clamor da categoria e o grito de socorro da sociedade sejam ouvidos. O SINDPOL está atento, unido e determinado a lutar pelos direitos da categoria e pela segurança da sociedade acreana”, concluiu Azevedo.


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