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Senado aprova penas mais severas para desvio de verbas em saúde e educação

Reunião da CCJ do Senado Federal (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (18), um projeto de lei que endurece penas para crimes de desvio de recursos públicos destinados às áreas de saúde, educação e seguridade social.


O projeto, identificado como PL 1.038/2024, foi proposto pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Foram 24 votos a favor e nenhum contra na votação, em caráter terminativo. Assim, não o texto não precisará passar pelo plenário.


O projeto altera o Código Penal ao incluir a categoria de “peculato qualificado”, estabelecendo penas de reclusão de 4 a 16 anos, além de multa, para quem cometer tais crimes. Atualmente, as penas para peculato variam de 2 a 12 anos de prisão, também acompanhadas de multa.


O projeto seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso solicitando votação no plenário do Senado.


De acordo com o senador Vanderlan Cardoso, a proposta foi motivada pelas denúncias de desvios de bilhões de reais durante a pandemia de Covid-19, especialmente em setores como saúde.


“Toda área é prioritária, mas, principalmente, saúde, educação e assistência social. É onde o pessoal mais age, aqueles que cometem esses crimes”, afirmou o parlamentar.


O texto também estabelece a mesma pena para crimes de responsabilidade cometidos por prefeitos e vereadores, reforçando o combate à corrupção em esferas municipais.


A relatora do projeto, a senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO), afirmou que tais crimes ultrapassam a simples violação da probidade administrativa, comprometendo a funcionalidade de serviços essenciais.


“O agente que viola esses bens jurídicos demonstra total descaso com a população carente, uma completa falta de empatia com o próximo, locupletando-se às custas das parcelas mais sofridas da nossa sociedade. Merece, portanto, punição especialmente rigorosa”, argumentou.


A senadora afirmou também, em seu relatório, que “não é exagero dizer que o autor desse tipo de crime contribui, diretamente, para o aumento das mortes, do analfabetismo e do desamparo social dos brasileiros”.


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