A Semana Chico Mendes 2024, organizada pelo Comitê Chico Mendes, usou as redes sociais neste final de semana para convidar a sociedade a celebrar o 80º aniversário de Chico Mendes, seringueiro, sindicalista e ambientalista que transformou a defesa da Amazônia em um símbolo de resistência global. Com o tema “Chico 80 Anos: A Luta Continua”, o evento ocorrerá de 15 a 22 de dezembro, em Xapuri e Rio Branco, reunindo rodas de conversa, manifestações culturais, exposições e debates sobre os desafios climáticos e sociais da região.
A programação presta homenagem ao espírito dos “empates” organizados por Chico, nos quais seringueiros protegem pacificamente a floresta contra a devastação. Atos como a Caminhada Solene ao túmulo de Chico Mendes, marcada para o dia 16, reafirmam a força do legado coletivo. O evento começará com a abertura oficial e a Feira da Economia Solidária, destacando a integração da economia local e a resistência ambiental.
Em um momento em que a Amazônia enfrenta pressões crescentes, como desmatamento recorde e impactos climáticos severos, o Comitê Chico Mendes reforça a relevância do legado do ambientalista. “Nossa vitória depende da nossa organização e disciplina”, dizia Chico, e, com base nesse princípio, a Semana busca engajar jovens, líderes comunitários e ambientalistas em ações concretas pela preservação e justiça socioambiental.
Entre os destaques da programação está o aguardado Prêmio Chico Mendes de Resistência, que reconhece indivíduos e organizações que atuam na preservação ambiental e defesa dos direitos dos povos da floresta. Em uma abordagem inovadora, a Semana também apresentará o filme de realidade virtual “Amazônia Viva”, desenvolvido pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais (IRI), proporcionando uma imersão única nos desafios da floresta.
A agenda cultural é igualmente vibrante. O Festival Varadouro, com apresentações artísticas locais, abre o caminho para atividades que incluem a Copa Chico Mendes, oficinas e debates. O encontro em Xapuri será seguido por mobilizações em Rio Branco, onde eventos como o “Samba pelo Clima” e o “Fé e Clima” encerram simbolicamente a celebração no dia 22 de dezembro, reforçando a união entre arte, espiritualidade e luta ambiental.
Com informações do Comitê Chico Mendes