Piloto envolvido em acidente no Acre é preso com mais de 400 kg de cocaína em um avião monomotor em São Paulo

O piloto Wesley Evangelista Lopes, preso em Penápolis (SP), suspeito de transportar mais de 400 quilos de pasta base de cocaína em um avião monomotor, possui histórico de envolvimento em um acidente aéreo no Acre, ocorrido em maio de 2024. A prisão, que ocorreu na tarde da última segunda-feira, 16, foi resultado de uma operação policial com apoio do helicóptero Águia, após monitoramento da rota da aeronave.


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De acordo com a Polícia Militar, o avião saiu de Aquidauana (MS) e tinha como destino final Rio Claro (SP). Durante a abordagem, Wesley admitiu que receberia dinheiro pelo transporte da droga. A operação resultou na apreensão da aeronave e de 435,86 quilos de entorpecentes, apresentados à Polícia Federal de Araçatuba (SP).


Foto: Polícia Militar/Divulgação

Em maio deste ano, Wesley Lopes esteve envolvido em um acidente aéreo no Rio Tarauacá, localizado na região do Tarauacá/Envira, no Acre. Na ocasião, a aeronave que ele pilotava caiu com três pessoas a bordo, apesar de ter capacidade para apenas duas. Entre os ocupantes estava o piloto Pedro Rodrigues Parente Neto, conhecido como Pedro Buta, que sobreviveu ao acidente, mas desapareceu meses depois, em setembro, após viajar a trabalho para a Venezuela.


Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave envolvida no acidente estava regular, mas não tinha autorização para realizar táxi aéreo. Ninguém morreu no acidente.


Wesley Lopes possui uma extensa ficha criminal. Em 2019, ele foi preso na Bahia, após ser incluído na lista da Interpol. À época, ele era apontado como líder de um grupo criminoso que foi flagrado transportando meia tonelada de cocaína no Amazonas, em um avião bimotor. Ele ficou preso por quatro anos antes de retornar às atividades que culminaram em sua prisão atual.


A operação de Penápolis, que interceptou a aeronave e os dois tripulantes, foi o desfecho de um trabalho coordenado entre as equipes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária e Polícia Federal. O caso segue em investigação pela Polícia Federal, enquanto Wesley e o copiloto passam por audiência de custódia nesta terça-feira (17).


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