Uma pesquisa realizada pelo Ipespe e apoiada pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que a maioria da população brasileira quer por uma regulação firme em relação aos sites de apostas.
De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados defendem uma atuação mais rigorosa do governo frente à crescente presença das apostas online no país.
Além disso, 85% dos participantes expressaram desconfiança em relação às empresas de apostas e 59% se mostraram contrários a esse tipo de jogo.
O estudo, realizado entre 15 e 23 de outubro com 2 mil entrevistados em todas as regiões do Brasil, também destaca o impacto das apostas na vida financeira dos cidadãos.
Quarenta por cento dos entrevistados afirmaram que familiares ou pessoas próximas contraíram dívidas devido às apostas, e 45% desses indivíduos relataram que sua qualidade de vida foi afetada em função dessas dívidas.
A pesquisa ainda revela que 40% dos entrevistados são apostadores ou têm alguém em casa que aposta, enquanto 21% afirmaram ter deixado de jogar.
Entre os apostadores, 45% admitiram que a qualidade de vida sua ou de suas famílias foi prejudicada, com 41% dos entrevistados afirmando que o dinheiro destinado às apostas impactou compromissos financeiros, como a compra de alimentos e o pagamento de contas.
Além disso, mais da metade dos entrevistados (57%) avaliou negativamente os sites de apostas no Brasil, considerando-os “ruins ou péssimos”.
A pesquisa também aponta que 83% dos participantes consideram as apostas online inseguras e que 59% se opõem a esse tipo de jogo.
O futebol se destaca como o esporte mais apostado, representando 60% das apostas realizadas.
Por fim, 66% dos entrevistados manifestaram apoio à proibição da propaganda de apostas no Brasil, similar à legislação sobre a publicidade de cigarros.
A maioria (50%) considera o endividamento devido a jogos online um problema público, e 47% vê a dependência em apostas como uma questão de saúde pública.