O Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira encerrou sua 12ª edição neste sábado, 14, com uma grande celebração cultural na Casa Rio, em Rio Branco. A tradicional Pacha Festa, comandada pela banda boliviana Sobre Cuerdas, marcou o fim de uma semana intensa de atividades que reafirmaram o festival como um dos eventos mais importantes do audiovisual no Acre.
Com sete anos de trajetória, a banda Sobre Cuerdas, de La Paz, trouxe ao público o show Passeio pela América Latina, reunindo músicas de diversão países e celebrando a união cultural da região.
Após três anos de pausa, o festival voltou com força total, oferecendo uma programação diversificada que incluiu mostras de filmes, masterclasses, homenagens e debates. Durante a penúltima noite, o evento emocionou o público com as homenagens a Rose Farias, produtora e diretora reconhecida por sua atuação no cinema amazônico, e Clemilson Farias, cineasta com trajetória marcada pelo fortalecimento do audiovisual na região.
Para Luck Aragão, diretor de produção do festival, a edição marcou uma nova fase. “O Pachamama é muito mais do que um festival de cinema. É um espaço de encontro, troca e celebração das nossas identidades culturais. Encerrar com a Pacha Festa é reafirmar essa conexão entre cinema, arte e música, fortalecendo o que nos une como latino-americanos”, destacou.
O Festival Pachamama foi produzido pela Saci Filmes, com financiamento da Lei Paulo Gustavo e apoio do Governo do Acre, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM).
Vale ressaltar que as sessões foram lotadas e tiveram debates enriquecedores. Além de uma programação cultural que mobilizou artistas e público, o festival se consolidou como um espaço de resistência e valorização da produção artística de fronteira.
Festival percorreu 2.545 km em três etapas
Neste ano, o evento percorreu um total de 2.545 km, em três etapas que uniram o Brasil, Bolívia e Peru, conectando cidades amazônicas e andinas em uma jornada cultural.
O festival iniciou sua rota pelo interior do Acre, passando por Xapuri, Brasiléia e Assis Brasil, e cruzando por Cobija (Bolívia), e Puerto Maldonado (Peru). Essa etapa destacou a importância da integração cultural entre os dois países, promovendo cinema e atividades artísticas em regiões de fronteira.
Já a segunda etapa levou o festival ainda mais longe, explorando as cidades peruanas de Cusco, Moyobamba, Lamas e Pucallpa. O trajeto conectou culturas amazônicas e andinas, reforçando o compromisso do festival com a valorização da diversidade latino-americana.
Após duas grandes etapas, foi a vez de retornar ao Acre, onde o festival ocorreu, de 10 a 14 de dezembro, em Rio Branco e Senador Guiomard (Quinari). Além de encerrar com a tradicional Pacha Festa.
Para tornar essa travessia possível, o Festival Pachamama contou com uma equipe dedicada de 40 pessoas. Entre produção, direção, comunicação e suporte técnico, cada integrante desempenhou um papel fundamental para levar o cinema e a cultura a milhares de espectadores.
Mais do que quilômetros percorridos, o Festival Pachamama reafirmou seu compromisso com a união cultural da América Latina, promoveu encontros, diálogos e experiências que transcendem fronteiras. Com essa edição histórica, o Pachamama não só voltou ao cenário cultural, após três anos sem ocorrer por causa da pandemia, como também fortaleceu a conexão entre povos e territórios através da arte e do cinema.
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Instagram: @festivalpachamama.