O dólar encerrou a sessão em alta e voltou a rondar a casa de R$ 6,20 nesta sexta-feira (27), com investidores digerindo uma série de dados de inflação e emprego publicada durante a manhã.
No cenário político, as atenções estão do imbróglio entre o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a Câmara dos Deputados, sobre bloqueio de emendas.
O dólar fechou a sessão com alta de 0,24% contra o real, negociado a R$ 6,192 na venda. Na máxima, a divisa chegou a superar a marca de R$ 6,21.
Com esse desempenho, a divisa dos EUA somou avanço de 1,99% na semana. Na parcial do mês, o salto é de 3,18%
Por volta das 17h, o Ibovespa perdia cerca de 0,6%, aos 120,3 mil pontos, em novo dia de alta das taxas de juros nas curvas mais longas.
IPCA-15 estoura a meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,34% em dezembro, e fechou o ano de 2024 com variação acumulada de 4,71%, de acordo com dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado acumulado no ano ficou acima da meta da inflação perseguida pelo Banco Central (BC), de 3%, com margem de 1,5 ponto para mais (4,5%) ou menos (1,5%).
Já o Índice Geral de Preços (IGP-M) desacelerou 0,94% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Com isso, a “inflação do aluguel” encerra o ano com alta de 6,54%. Em comparação a dezembro de 2023, o acumulado de 12 meses do índice acumulava queda de 3,18%.
Desemprego recua
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro e o país tem 6,8 milhões de pessoas desocupadas, segundo dados do IBGE.
Este é o menor patamar para o período encerrado em novembro desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012.
A taxa do trimestre encerrado em novembro recuou 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de junho a agosto de 2024 (6,6%) e caiu 1,4 p.p. ante o trimestre móvel de 2023 (7,5%).
No campo do trabalho formal, o Brasil encerrou novembro com saldo positivo de 106.625 mil vagas com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado mostra recuo ante o mês passado, quando foram abertas 132 mil vagas.
De acordo com o Caged, o Brasil contabilizou 1,978 milhões de contratações e 1,871 milhões de demissões em novembro.
Quando se consideram somente os novos empregos gerados, sem considerar os desligamentos, cerca de 105.491 das vagas foram ocupadas por mulheres.