As 33 famílias desabrigadas da área “Promessa de Deus”, localizada na região do São Francisco, seguem acampadas no hall da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) há cerca de 21 dias, em protesto por uma solução habitacional definitiva. Nesta sexta-feira, 13, representantes do grupo se reuniram com membros do governo para discutir propostas, mas decidiram rejeitar a oferta apresentada.
De acordo com Rosimilsom Ferreira de Araújo, 40, representante do movimento, o governo propôs o pagamento de apenas três meses de aluguel social, acompanhado de um termo de compromisso com cláusulas consideradas desfavoráveis pelos manifestantes. “Fizeram uma proposta de três meses, mas trouxeram um termo de compromisso com cláusulas viciosas, desrespeitando a Lei 2.116, que determina que o Bolsa Moradia Transitória deve ser pago por um ano, não por três meses. Eles estão criando dificuldades para que a gente desista da manifestação”, declarou.
Rosimilsom também criticou a falta de assistência por parte da prefeitura e do governo estadual. “Não temos apoio social, nem da prefeitura, nem do Estado. Até agora, não recebemos nenhuma ajuda com alimentação, água ou qualquer outro tipo de suporte,” afirmou.
O líder do movimento destacou que os acampados pretendem resistir até que suas demandas sejam atendidas. “Estamos aqui para lutar pela moradia e exigir transparência no Plano Estadual de Moradia, que está engavetado. A lei diz que o Bolsa Moradia Transitória é de um ano, com possibilidade de prorrogação por mais um ano, até que as habitações populares sejam entregues. Cumprimos todos os critérios e temos direito. Não sairemos até que nossos direitos sejam respeitados,” concluiu.