Prestes a estrear “Queer”, o novo romance gay de Luca Guadagnino, o astro britânico Daniel Craig, 56, revelou que não podia fazer filmes como esse enquanto interpretava James Bond nos cinemas. O ator deu vida ao agente secreto da franquia “007” cinco vezes, sendo a última em 2021.
“Eu não poderia ter feito isso enquanto fazia Bond. Pareceria reacionário, como se eu estivesse mostrando meu ‘poder’”, explicou em entrevista ao The Times of London.
“Simplesmente não é uma conversa que eu queria [ter]. De qualquer forma, eu sabia tudo sobre Bond. Poderia haver esse Bond? Esse vínculo? Então, alguma coisa que vá inflamar essa conversa? Não, a vida é muito curta”, completou.
“Queer” estreia nos cinemas brasileiros no dia 12 de dezembro.
Recentemente, o ator também falou sobre uma ressalva que teve antes de aceitar interpretar o icônico agente secreto nos cinemas.
“Eu diria que uma das minhas maiores ressalvas sobre interpretar [James Bond] seria a construção da masculinidade. Muitas vezes era muito ridículo, mas você não pode zombar e esperar que funcione. Você tem que acreditar nisso”, disse em entrevista ao The New Yorker.
Craig foi é ator mais recente a interpretar Bond nos cinemas. Ela dá vida ao personagem em cinco filmes, sendo o último “007: Sem Tempo Para Morrer“ (2021). Outros atores que já viveram o agente secreto nos cinemas foram Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore e Pierce Brosnan. Ainda não se sabe quem dará sequência à franquia.
Sobre o que fala “Queer”?
A produção é baseada na novela homônima de William S. Burroughs, um dos principais autores do movimento literário beat, publicada em 1985, que se passa na Cidade do México na década de 1950 e conta a história de William Lee, alter-ego do escritor. Craig viverá justamente o protagonista, que é homossexual e precisa lidar com seu vício em drogas.
Além de Craig, também estão no elenco nomes como o cantor Omar Apollo, Drew Starkey (“Outer Banks”) e o brasileiro Henry Zaga (“Os Novos Mutantes” e “Depois do Universo”).