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Com mais de 83%, Acre tem a maior cobertura vacinal na série histórica entre gestantes contra coqueluche

Meta é imunizar 9.642 gestantes, e 8.026 foram vacinadas, um alcance de 83,25%, o maior da série histórica dos últimos seis anos. Foto: internet

O Acre registrou, este ano, a maior cobertura vacinal de tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa) entre gestantes. Segundo o balanço do Programa Nacional de Imunização (PNI), a meta é imunizar 9.642 pessoas, e 8.026 foram vacinadas, um alcance de 83,25%, o maior da série histórica dos últimos seis anos.


Público vacinado e cobertura dos últimos anos

2019: 6.220 – 64,51%
2020: 4.436 – 46,01%
2021: 3.599 – 37,33%
2022: 3.391 – 35,17%
2023: 7.514 – 77,93%
2024: 8.026 – 83,25%


Meta: 9.642


Para as gestantes, é indicado uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional, com o objetivo de promover a imunização passiva (passagem de anticorpos por via transplacentária da mãe para o feto) dos recém-nascidos, nos primeiros anos de vida, até que o bebê possa iniciar a sua vacinação.


“A mãe será favorecida, pela sua proteção contra o tétano, já que ela será submetida ao parto, seja ele natural, cesariano, bem como o recém-nascido, já que a coqueluche é extremamente grave e fatal para as crianças menores de um ano de vida, como a gente tem visto no cenário nacional. Quando nós montamos altas coberturas vacinais com esse imunobiológico, a mãe vai produzir os anticorpos durante toda a gestação e quando o seu bebezinho nascer, ela já vai ter transferido por meio da barreira transplacentária essa proteção para o seu bebê e ele vai ficar imunizado contra essas doenças até que ele mesmo possa entrar na idade de receber as suas próprias vacinas”, explica Renata Quiles, coordenadora estadual do PNI.


Ela completa dizendo que esta é uma reflexão dupla, que tem como objetivo salvar a vida da mãe e do bebê.


“Evita infecção por essas doenças, que são gravíssimas para ambos. Mantendo altas coberturas vacinais, nós deixamos o nosso estado e as nossas mães e bebês distantes dessa doença, mas lembrando que essa manutenção epidemiológica, sanitária, precisa permanecer para que a gente consiga ter um pouco de tranquilidade em relação ao risco de doença”, reforça.


Para a coordenadora, 83,25% ainda não é uma cobertura ideal, mas já remete ao avanço e aumento da proteção desse público que precisa de cuidado. “O governo do Estado, bem como a coordenação de imunização, a Secretaria Estadual de Saúde, não tem medido esforços para que não haja desabastecimento dessa e de outras vacinas para prevenção das doenças imunopreveníveis”.


O calendário vacinal para gestantes pode ser acessado e baixado no site do Ministério da Saúde.


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