O Brasil ficou apenas no empate por 1 a 1 com a Venezuela, nesta quinta-feira (14), em Maturín, e quebrou a sequência de duas vitórias consecutivas nas Eliminatórias conquistada na última Data Fifa.
De quebra, a Seleção desperdiçou a chance de dormir na segunda posição da tabela, ultrapassando provisoriamente a Colômbia, que visita o Uruguai nesta sexta (15).
O gol da Seleção foi marcado por Raphinha, de falta, no primeiro tempo, enquanto Telasco Segovia empatou para os donos da casa no início da etapa final. Vinicius Jr. ainda desperdiçou um pênalti quando o jogo já estava empatado.
Raphinha quebra tabu de 19 anos
O belo gol do camisa 10 Raphinha, aos 43 minutos do primeiro tempo, quebrou um longo jejum da Seleção Brasileira nas Eliminatórias: há 19 anos, o Brasil não marcava um gol de falta no torneio.
O último havia sido em 2005, contra a própria Venezuela, quando o lateral Roberto Carlos estufou as redes na vitória por 3 a 0, em Belém.
Golpe duro após o intervalo
A Seleção de Dorival Júnior, porém, voltou a mostrar fragilidade defensiva e não conseguiu administrar a vantagem por muito tempo. A Venezuela chegou ao empate logo na volta do intervalo, no segundo minuto da etapa final.
Savarino, do Botafogo, recebeu sozinho dentro da área, com espaço para dominar e escorar para Telasco Segovia, que chegou de trás e bateu firme, no alto, sem chances para Ederson.
Vini Jr. volta a decepcionar pela Seleção
Na primeira partida com a camisa da Seleção Brasileira desde a frustração com a perda da Bola de Ouro, Vinicius Jr. voltou a ficar devendo, sem o protagonismo que se espera de um jogador diferente como ele.
Para piorar, o atacante do Real Madrid perdeu um pênalti aos 15 minutos da etapa final — quando o placar já estava 1 a 1 —, sofrido por ele mesmo, após investida atrasada do goleiro Romo.
Na cobrança, Raphinha deixou a bola como Vini, que bateu mal, facilitando a defesa parcial de Romo. No rebate, o camisa 7 teve mais uma oportunidade, com o goleiro caído, mas chutou torto de pé esquerdo, para fora.
Brasil teve vantagem numérica no fim da partida
Em um fim de jogo repleto de catimba e confusões entre os dois times, a Seleção conseguiu ficar com um a mais nos minutos finais, após González ser expulso aos 44 minutos.
O meia parou um contra-ataque puxado por Gabriel Martinelli com falta grosseira e, na sequência, agrediu Vini Jr., que tentava peitar o venezuelano.
Apesar da vantagem numérica nos acréscimos, o Brasil não conseguiu desenhar uma pressão para achar o gol da vitória em Maturín.
Situação da tabela e próximos jogos
Com o empate, o Brasil desperdiça a chance de assumir provisoriamente a segunda posição das Eliminatórias e segue em terceiro, com 17 pontos, a dois da vice Colômbia e a cinco da líder Argentina, que ainda jogam na rodada.
A Seleção ainda pode perder a terceira posição, caso o Uruguai não perca para a Colômbia, nesta sexta-feira (15), em Montevidéu.
Na 12ª rodada, o Brasil encara o próprio Uruguai, em Belém, na terça-feira (19), às 21h45.
Já a Venezuela fica na 7ª posição, com 12 pontos, e seca a Bolívia para não perder o lugar que dá vaga na repescagem.