A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do MC Poze do Rodo, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (1).
A esposa do funkeiro, Vivianne Noronha, é investigada por suposto envolvimento em um esquema ilegal de sorteios de rifas pelas redes sociais.
Na Operação “Rifa Limpa”, os agentes apreenderam joias, carros de luxo e celulares dos alvos. Ao todo, sete pessoas são suspeitas de participarem da organização criminosa.
A CNN apurou que, apenas na casa de Poze, foram apreendidos os seguintes itens:
- • 2 simulacros de pistola
- • 1 simulacro de espingarda
- • 8 cordões de ouro
- • 6 relógios
- • 6 anéis
- • 2 braceletes;
- • 2 coletes
- • 11 celulares
- • 4 tablets
- • Uma Land Rover e uma BMW X6
“Levaram tudo! Hoje foi sinistro, mané”, disse o MC em suas redes sociais, logo após o término da ação policial em sua casa.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra as joias apreendidas no closet do casal. Assista abaixo.
Além de Vivianne, outras seis pessoas são investigadas por um suposto envolvimento no esquema:
- • Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro
- • Jonathan Luis Chaves Costa, conhecido como Jon Jon
- • Leandro Medeiros, conhecido como Lacraia
- • Bolívar Guerrero Silva, cirurgião plástico equatoriano
- • Ítala, secretária do cirurgião plástico
- • Edvania, secretária do cirurgião plástico
A CNN apurou que o médico equatoriano Bolívar Silva vendia rifas de procedimentos cirúrgicos, como implantes de silicone.
A Operação
A operação, chamada de “Rifa Limpa” tem como foco apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e dos itens sorteados aos supostos ganhadores.
Segundo a Polícia Civil do estado, a ação também tem o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão e desarticular a organização criminosa, uma vez que a suspeita é de que os autores também estejam envolvidos em lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que, ao divulgarem as atividades na internet, os influenciadores tinham, a partir de fraudes, o intuito de obter lucros ilícitos à custa de um grande número de pessoas que participavam dos sorteios.
A polícia destaca que os sorteios divulgados eram baseados em parâmetros da Loteria Federal, o que provocava uma falsa aparência de legitimidade e segurança no momento da publicação.
No entanto, a polícia ainda afirma que não existe uma auditoria oficial para verificar o ganhador real das rifas divulgadas. Além disso, os influenciadores utilizavam um aplicativo personalizado que, por sua vez, levantou suspeitas de fraude.
A Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela ação, ressaltou que a realização de rifas exige autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), ligada ao Ministério da Fazenda, e apenas instituições sem fins lucrativos têm permissão para promover esses sorteios.
A CNN tenta contato com a defesa da citada.