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Quase 65% dos trabalhadores da construção civil não têm treinamento e ganham R$ 2 mil

O Fórum Empresarial do Acre publicou esta semana o resultado de uma pesquisa que analisou o perfil econômico, social e de qualificação profissional de trabalhadores da construção civil. A ideia, segundo o Fórum, é entender o problema da falta de mão de obra qualificada para propor estratégias para mitigar os efeitos destas questões para a indústria. Foram ouvidos 236 trabalhadores do setor com atuação direta em obras públicas e privadas, no período de 23 de setembro a 21 de outubro de 2024.


Na análise dos dados coletados, apurou-se que a grande maioria dos trabalhadores são homens (98,3%), com idade média de 40 anos, pardos (76,7%), com pouca ou nenhuma escolaridade, sendo 19,1% analfabetos e 37,7% com apenas o ensino fundamental completo. Sobre a qualificação profissional, 64,4% declararam não possuir cursos ou treinamentos específicos em suas áreas de atuação. O rendimento médio daqueles que possuem carteira assinada é de R$ 2.045,22.


Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados também informações sobre configuração familiar. 72,5% disseram ter filhos, mas apenas 29,2% são casados, enquanto outros 24,2% afirmaram estar em união estável. Os solteiros apresentam 43,2% (destes, 37,7% não possuem namorada(o)). Dos casados(as), 17,8% possuem cônjuge que trabalha com carteira assinada.


Para 21,2% dos entrevistados, a experiência trabalhista no período da pesquisa é a primeira oportunidade de trabalho, mas 79,8% já tiveram experiências profissionais no mesmo setor. A média de tempo no mesmo emprego é de 17 meses, enquanto a média de trabalho no mesmo setor é de 14 anos.


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