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No Dia da Malária nas Américas, governo do Acre salienta ações de combate à doença

Anopheles (mosquito-prego) infectado pelo microrganismo Plasmodium é o transmissor da malária. Foto: internet

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), reafirma nesta quarta-feira, 6, Dia da Malária nas Américas, seu compromisso em intensificar a conscientização no combate à doença. A data é uma oportunidade para unir esforços, promover a conscientização e monitorar os avanços contra a enfermidade na região.


Com o lema “Ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento sem barreiras”, a campanha deste ano destaca a importância de garantir o acesso universal e contínuo ao diagnóstico precoce e ao tratamento para reduzir os índices de malária, uma doença evitável e tratável, mas ainda letal.


No Acre, a redução de 79,8% nos casos autóctones [que se originam na região onde se manifestam] entre 2018 e 2023 reflete os resultados de políticas de saúde pública, que inclui iniciativas para eliminar a doença até 2035, de acordo com o plano nacional.


“Precisamos de um esforço conjunto para manter os índices de malária em queda”, diz secretário Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, ressalta a importância de ações de vigilância em áreas endêmicas, enfatizando que o engajamento local é essencial para erradicar a doença: “Precisamos de um esforço conjunto, desde as políticas públicas até o apoio às comunidades, para manter os índices de malária em queda”.


Chefe da Vigilância Ambiental da Sesacre, Júnior Pinheiro salienta necessidade de medidas preventivas para manter controle da malária no estado. Foto: Odair Leal/Sesacre

O chefe da Vigilância Ambiental da Sesacre, Júnior Pinheiro, reforça a necessidade de medidas preventivas para manter o controle da malária no estado. “Cada ação de prevenção, como o uso de mosquiteiros e saneamento adequado, contribui diretamente para evitar surtos da doença em regiões vulneráveis ”, salienta.


Ação de combate a malária é executada por agentes de saúde em Mâncio Lima. Foto: cedida

Em 2024, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no Vale do Juruá, concentraram 88,3% dos casos de malária no estado. A redução expressiva dos casos de malária falciparum, a forma mais grave da doença, é um indicativo de progresso. De 1.436 casos em 2023, o número caiu para 755 em 2024, entre os meses de janeiro e outubro, apresentando uma diminuição de 47,4%.


Imagem: divulgação

A meta é clara: até 2035, a malária deve ser eliminada no Brasil, com passos intermediários, como a redução para menos de 68 mil casos até 2025 e a eliminação da transmissão do protozoário Plasmodium falciparum até 2030. O governo e as autoridades de saúde continuam reforçando a importância das medidas de prevenção e da colaboração entre os municípios para manter a doença sob controle e caminhar para sua erradicação total.


Sintomas da doença

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios.


Testes são realizados pelos agentes de saúde em Mâncio Lima. Foto: cedida

No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.


Prevenção

Como medidas de prevenção individual, recomenda-se o uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes.


Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas. Foto: cedida

Para a prevenção coletiva, indica-se drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.


Tratamento

Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.


O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.


A Sesacre reforça aos municípios que continuem fortalecendo as ações de vigilância e controle da malária, a fim de evitar o risco de surtos, aumento de casos e mortes em áreas onde a doença é endêmica. A malária pode ser evitada e tem cura.


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