Moradora em situação de rua foge de hospital durante tratamento e é encontrada morta em casebre na capital

A moradora em situação de rua Minervina Oliveira da Silva, de 32 anos, mais conhecida como “Cuca”, foi encontrada morta na noite desta quinta-feira, 7, em um casebre em um terreno situado na Rua Rui Barbosa, no bairro Papouco, em Rio Branco.


De acordo com informações de uma conhecida da vítima, Minervina havia sido internada no Pronto-Socorro de Rio Branco no dia 31 do mês passado, com um quadro de pneumonia. Posteriormente, foi transferida para o hospital Santa Juliana, onde deveria ser intubada, mas a sua acompanhante não concordou com o procedimento. Incomodada por permanecer no hospital, a paciente pediu à amiga para voltar para casa na quarta-feira, 6. A acompanhante, no entanto, não permitiu devido ao agravamento do quadro clínico. Pouco depois, Minervina fugiu do hospital, retornou ao local onde vivia e fez uso de entorpecentes.


Na noite de quinta-feira, outros moradores em situação de rua encontraram “Cuca” deitada em uma cama dentro da pequena barraca e, ao se aproximarem, perceberam que ela estava morta.



O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, e uma ambulância de suporte avançado foi enviada. Contudo, quando os paramédicos chegaram ao local, já não havia nada a ser feito, pois Minervina já se encontrava sem vida.


A área foi isolada por Policiais Militares do 1° Batalhão para a realização dos trabalhos do perito criminal, que, inicialmente, não encontrou marcas de violência no corpo da vítima.


Após a conclusão da perícia, o corpo da moradora em situação de rua foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames cadavéricos.


A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência, e o caso será investigado pela Polícia Civil.


Segundo outra moradora em situação de rua, Minervina era muito querida na região e era chamada de “mãe” por muitos, devido ao acolhimento e ajuda que oferecia a dependentes químicos, permitindo até que construíssem casas no terreno onde ela residia — deixado por seu marido já falecido, conhecido como “Brasileiro”.


Veja o vídeo de uma dependente química adotada por Minervina, chorando pela perda da “mãe”:


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