A nova previsão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, para a entrega do elevado da Dias Martins, é o dia 20 de dezembro. Bocalom e o secretário de infraestrutura da capital acreana disseram ao ac24horas que o atraso da obra se deve a “detalhes” exigidos que não estavam no contrato de execução original, mas que serão pagos com termo aditivo “sem problema nenhum”.
O elevado da Dias Martins teve ordem de serviço assinada no dia 29 de setembro de 2023, com previsão de entrega prevista para 8 meses e ao custo de R$ 15 milhões. Já em atraso, em 23 de abril de 2024, Éricles Ricarte, diretor de obras da empreiteira responsável pela construção, disse que a entrega era prevista até o fim de julho, o que também não ocorreu. No dia 2 de outubro, a Prefeitura de Rio Branco chegou a anunciar a abertura do elevado, mas cancelou no dia seguinte. Em 15 de agosto, Bocalom disse que o elevado deveria ser entregue em 30 de setembro (semana passada). Depois, em 19 de outubro, o secretário de Infraestrutura de Rio Branco, Cid Ferreira, culpou a empresa executora do contrato pelo atraso na entrega do elevado, e disse que a nova previsão era para o dia 15 de novembro. “Já está praticamente pronta. Eu dei um prazo para a empresa entregar, extrapolando, até o dia 15 de novembro. Não dá mais para prorrogar esse prazo para eles, oh empresa enrolada”, disparou.
Mas nesta segunda-feira (4), durante visita à construção do viaduto da AABB, na Avenida Ceará, Bocalom e Cid falaram com exclusividade ao ac24horas e assumiram que o atraso na entrega da obra da Dias Martins se devem a exigências não planejadas no contrato. “Acreditamos que até o dia 20 de dezembro a gente consiga inaugurar aquela obra, mesmo porque tem diversas obras laterais, toda a parte de urbanismo que não estavam no projeto. Só quero inaugurar com 100% pronta, com lagos embaixo, pintura de grafites que vamos fazer, espelho d’água”, revelou Bocalom.
Perguntado como o serviço adicional será pago, já que não estava no projeto licitado, o prefeito respondeu que trabalhará dentro da margem de 20% do valor licitado – que é permitido por lei, para cobrir os gastos. “É a coisa mais natural do mundo, alterar o valor da obra desde que você prove que está gastando a mais. Estamos trabalhando dentro da lei”, disse.
“É isso que está atrasando lá, detalhes que não estavam no projeto. A gente precisa disso pra ficar uma obra muito mais bonita, vai ser uma obra de arte para quem vem do Juruá, do aeroporto”, completou Cid Ferreira.
Tião Bocalom já avisou à construtora responsável pela construção da AABB de que também serão feitos aditivos para acrescentar características não especificadas no projeto original.