O dólar comercial chegou a seu maior patamar da história e fechou com alta de 1,80%, a R$ 5,91, nesta quarta-feira (27). A moeda chegou a subir mais de 1,95% e superar os R$ 5,922 após serem divulgadas algumas informações, ainda não oficiais, sobre o pronunciamento de Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará pronunciamento em rede nacional às 20h30 desta quarta-feira, em meio às expectativa por medidas fiscais. Segundo O Globo e a Folha de S. Paulo, Haddad anunciará isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil em pronunciamento, o que aumentou as preocupações sobre o equilíbrio das contas públicas do governo.
A visão é de que o anúncio da reforma do IR agora poderia lançar dúvidas sobre o futuro das contas públicas, num momento em que o esforço é justamente para aumentar a credibilidade no fiscal.
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia com alta de 1,80%, cotado a 5,9141 reais. Em novembro, a divisa acumula elevação de 2,29%.
Às 17h11, o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil — subia 1,75%, aos 5,9145 reais.
Dólar comercial
• Compra: R$ 5,912
• Venda: R$ 5,912
Dólar turismo
• Compra: R$ 5,859
• Venda: R$ 6,039
O que acontece com o dólar hoje?
Em ofício, a Presidência informou a convocação da Rede Nacional de Rádio e Televisão para o pronunciamento do ministro, e prevê duração de sete minutos e 18 segundos.
Pouco depois, o Ministério da Fazenda divulgou imagem para divulgação do pronunciamento, com o slogan “Brasil Mais Forte. Governo Eficiente, País Justo”.
Os mercados vêm aguardando há tempos a divulgação do pacote de cortes de gastos. A demora, já que o governo havia prometido as medidas para depois do segundo turno das eleições municipais, vem gerando pressão sobre os ativos brasileiros.
Em Brasília, uma fonte do governo, falando sobre a condição de anonimato, expressou desapontamento com a inclusão da isenção fiscal no discurso a ser transmitido à noite, alertando que isso poderia ofuscar o impacto positivo das medidas de controle de despesas e dificultar as negociações no Congresso para a aprovação do pacote fiscal mais amplo.