O dólar operava com alta nesta terça-feira após abertura negativa, com investidores repercutindo o cancelamento de dois leilões de linha pelo Banco Central, enquanto digerem dados de inflação dos Estados Unidos.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,2% em outubro ante setembro, mantendo assim a variação do mês anterior. Os dados vieram em linha com o esperado, uma vez que o consenso LSEG de analistas projetava variação de +0,2% na leitura mensal.
O Banco Central informou que os leilões de linha agendados para ocorrer nesta quarta-feira foram cancelados devido a “problemas operacionais”, segundo comunicado da autarquia.
O BC relatou “problemas na mensageria” e afirmou que será publicado um novo comunicado para os leilões quando a questão for solucionada.
Qual foi a cotação do dólar hoje?
Às 11h39, o dólar à vista operava com alta, cotado a R$ 5,779 na compra e R$ 5,780 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,47%, a 5.783 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,04%, cotado a 5,7735 reais.
O BC informou na véspera, em comunicado, que fará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nesta quarta-feira, das 10h30 às 10h35, com oferta total de 4 bilhões de dólares.
O leilão de linha A, com oferta de 2 bilhões de dólares, terá como data de recompra pelo BC o dia 2 de abril de 2025. Já o leilão de linha B, com oferta de 2 bilhões de dólares, terá data de recompra em 2 de julho de 2025.
A autarquia ainda fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
Dólar comercial
- • Compra: R$ 5,769
- • Venda: R$ 5,770
Dólar turismo
• Compra: R$ 5,785
• Venda: R$ 5,965
O que acontece com o dólar hoje?
A moeda americana, que opera em queda na sessão de hoje, vinha acumulando ganhos com a crescente expectativa de que o governo do presidente eleito, Donald Trump, implementará medidas como tarifas e cortes de impostos, que podem gerar pressões inflacionárias no país, exigindo a manutenção de uma taxa de juros elevada.
No cenário nacional, o foco continua no anúncio de contenção de gastos do governo, que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ser feito antes do feriado de sexta-feira (15).
A inclusão do Ministério da Defesa no pacote de corte de gastos será definida nesta quarta-feira, em reunião entre o ministro José Mucio, oficiais e técnicos da equipe econômica, informou nesta noite o Ministério da Fazenda. O encontro ocorrerá pela manhã, no Ministério da Defesa.
Segundo a Fazenda, a reunião terá caráter técnico, para as duas pastas discutirem o desenho das medidas, antes do envio do texto ao Palácio do Planalto.
(Com Reuters)