Foi sepultado na tarde deste sábado (23), em Rio Branco, sob forte comoção, o ex-prefeito de Rio Branco, ex-governador do Acre, ex-deputado federal e ex-senador Flaviano Melo, que morreu na última quarta-feira (20) em São Paulo após complicações num quadro de pneumonia. Ele foi sepultado no jazigo da família no cemitério São João Batista, ao lado de Flaviano Flávio Baptista, seu avô.
A saída dos veículos da sede do executivo do Acre ocorreu às 15h41 sob aplausos. O cortejo parou em frente à sede estadual do MDB, onde Flaviano recebeu homenagem póstuma do partido com soltura de balões azuis e branco, cores da sigla que ele tanto amou.
Ao chegar no cemitério, fizeram o encaminhamento do caixão até o jazigo policiais militares e homens do corpo de bombeiros. Houve salva de tiros disparados por policiais militares e a banda Furiosa, da PMAC, tocou o Hino Acreano.
O caixão foi colocado em frente ao túmulo. Tomou a palavra o jornalista Antônio Klemer, que deu a palavra ao presidente estadual do MDB, Vagner Sales, que disse entre outras palavras:
“Estamos nos despedido de um parceiro, amigo de mais de 40 anos e uma amizade deste tempo hoje em dia é difícil. O povo do Acre perde um pai e cabe a nós fazer parte do esforço que Flaviano fez para defender o mais pobre”, disse Sales. Ele assumiu o partido após a morte de Flaviano e terá mandato até agosto de 2025.
Após a fala de Vagner, o sargento George, da Polícia Militar, tocou em corneta o Toque de Silêncio. (Video abaixo)
Em seguida, o professor João Correia, dirigente do MDB e amigo de Flaviano Melo, disse que representando o ex-governador Nabor Júnior, transmite naquele momento as suas condolências. “Ele disse que cogitou vir, mas foi desaconselhado pelo médico por um intercurso. Nabor pediu que eu transmitisse as condolências à família, aos emedebistas e aqueles que respeitam o nome de Flaviano Melo. Ele estava com a voz embargada e eu transmito que essa linhagem que Flaviano representou tem uma estirpe muito grande”, afirmou.
Camile Castro, artista acreana contemporânea mais admirada por Flaviano Melo, tocou uma de suas músicas favoritas, “Deixa a Vida Me Levar”, consagrada por Zeca Pagodinho, e “Gostava tanto de você”, de Tim Maia. “Estou sem palavras, pensei que não conseguiria cantar, mas é a vida. Toda vez que ele chegava no samba ele disse que mandava os assessores procurarem onde eu estava pra ele que ele fosse tomar sua cervejinha”, comentou Castro.
Leonardo Melo, filho mais velho de Flaviano, foi o último a tomar palavra. “Eu só quero agradecer, não consigo colocar em palavras o tamanho da minha gratidão a todos vocês que estão aqui”, disse.
A cerimônia foi encerrada com uma oração de agradecimento a Deus pelo tempo de vida de Flaviano Melo.
Flaviano foi sepultado coberto por uma bandeira do MDB, uma bandeira acreana e uma bandeira do Vasco, uma coroa de flores enviadas pelo governador Gladson Cameli e ao som de “Naquela mesa”, canção de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello.
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