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Miss diz ter apanhado por ciúme e marido denuncia armação em BO

O empresário e atirador Nasser Chami, que foi preso em flagrante na noite de segunda-feira (18) após supostamente agredir sua companheira, a modelo Guilheny Abramoski, Miss Universo Rio Branco 2023, na capital acreana, teria cometido os atos violentos após uma crise de ciúmes. Em depoimento, Nasser negou as acusações e disse que é a mulher quem não aceita a separação.


De acordo com o depoimento prestado por Guilheny Abramoski em sede policial, ao chegar em casa na segunda-feira (18) à tarde, encontrou o seu marido alterado por ciúmes. Ele teria ido até o quarto do casal, pegou roupas da vítima e mandou que ela fosse embora. Quando a modelo tentou pegar o celular, no entanto, o marido teria puxado o aparelho de suas mãos, e saiu do quarto. Cinco minutos depois, Nasser teria reencontrado a esposa no quarto e iniciado agressões que resultaram em arranhões e hematomas por várias partes do corpo, mesmo com Guilheny implorando por socorro. Na delegacia, a jovem relatou ter sido alvo de enforcamento, sufocamento, estrangulamento, soco, tapa, empurrão e puxão de cabelo.


Quando as agressões foram interrompidas, ainda segundo o relato da modelo, o homem pegou uma arma de fogo que estava em cima do guarda-roupas, colocou na cintura e mandou que Guilheny juntasse os vidros quebrados em decorrência da agressão. Nasser então saiu de casa para buscar a filha em uma consulta, na oportunidade em que Guilheny encontrou seu celular debaixo da cama e relatou o ocorrido a uma pessoa que não foi identificada. Mais tarde, quando Nasser voltou para casa, teria ameaçado de morte ela e seus familiares, caso a história vazasse.


Momentos após as ameaças, a polícia chegou até a residência sob o comando da coordenadora da Patrulha Maria da Penha, capitã Priscila Siqueira – que por sinal é tia da vítima. Ao verificarem os hematomas que seriam resultado das agressões do marido, Nasser foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher Vítima de Violência, no segundo distrito de Rio Branco.


Ouvido na delegacia, Nasser Chami disse que Guilheny esqueceu o celular dentro do carro, e quando ele retornou dirigindo o veículo, a mulher o acusou de ter escondido o aparelho. Chami disse ter confirmado à esposa que mexeu em seu aparelho e que viu que ela teria quebrado regras estabelecidas no relacionamento. Estas regras seriam aceitar amizades com homens e mulheres e trocar mensagens. Foi por este motivo, segundo Chami, que ele pegou “as coisas” da mulher, a mandou embora, e saiu de casa.


Retornando para casa horas depois, o homem disse que se deparou com mensagens de ameaças e ofensas proferidas por Guilheny, além de objetos quebrados em casa. Em certo momento, a modelo teria pego um objeto com a intenção de atingir uma televisão, o que o fez “se abraçar” com ela a fim de proteger o bem, e neste momento ambos escorregaram e bateram com o rosto no chão, tendo sido possivelmente este o motivo para os hematomas apresentados por ela. Nasser negou que em qualquer momento tenha proferido ameaças e agressões à mulher, e ainda afirmou que a denúncia é armada, já que, segundo ele, é Guilheny que não aceita a separação, mesmo com o oferecimento de ajuda financeira.


Diante das informações, Nasser foi preso em flagrante delito pela prática de lesão corporal praticada contra a mulher (Lei Maria da Penha).


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