Os números em relação aos crimes contra a mulher no Acre assustam, conforme levantamento do Ministério Público do Acre (MPAC). Desde o ano de 2018 até 2024, foram 76 feminicídios consumados e 111 tentativas do crime motivado por violência doméstica, ou por menosprezo, ou discriminação à condição de mulher.
Outros números em relação à violência contra a mulher no Acre também são considerados assustadores. O estado apresenta registros de estupros 95,4% acima da média nacional. Quando se trata de estupro de vulnerável, o número é ainda maior e mais vergonhoso, sendo 112,3% acima da média nacional.
O MPAC realizou nessa quarta-feira, 13, o evento “Diálogos sobre a Lei Maria da Penha” para discutir o combate ao feminicídio, que contou como convidada principal Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Além de representantes de instituições públicas e da sociedade civil organizada, participaram a procuradora Patrícia Rêgo, coordenadora-geral do Observatório de Violência de Gênero e do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), além de juízas, representante da Ordem dos Advogados do Brasil e da Polícia Civil.
Durante o encontro, foram discutidos os avanços nas estratégias de combate ao feminicídio, as dificuldades existentes, como, por exemplo, as desistências das mulheres em continuar com a medida protetiva. Ainda foram apresentadas ações realizadas no município de Rio Branco, tanto pelo estado quanto pela prefeitura em relação ao atendimento às mulheres vítimas de violência.