O juiz Robson Aleixo, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, decidiu na última terça-feira, 22, que os réus Andrey Borges de Melo, Darcifran de Moraes Eduíno Júnior e Kauá Cystian Almeida do Nascimento serão julgados pelo Tribunal do Júri Popular pela execução do jogador de futebol Tiago Oséas Tavares da Silva, 18 anos. O assassinato ocorreu em abril de 2024, quando o jovem de 18 anos foi retirado sob ameaças de armas de uma festa no bairro Santa Inês, em Rio Branco (AC).
Os acusados respondem pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, constrangimento ilegal em quatro ocasiões, corrupção de menores e participação em organização criminosa. Segundo as informações, embora a data do julgamento ainda não tenha sido definida, há expectativas de que ocorra ainda neste ano.
O crime em questão ocorreu na noite de 31 de abril, quando Tiago, natural de Recife, decidiu sair da hospedagem do clube Santa Cruz, onde estava integrado, para comparecer a uma festa, burlando as regras que proibiam a saída após às 22h. Durante a madrugada, um grupo armado invadiu o local e, sob ameaças, forçou Tiago e um amigo, também jogador de futebol, a entrarem em um automóvel.
Os jovens foram levados para um local afastado, onde os criminosos revistaram o celular de Tiago e encontraram uma foto do atleta em uma piscina, fazendo o sinal da vitória. Interpretando isso como uma afiliação a uma facção rival, os executores dispararam vários tiros contra a vítima, inclusive, na cabeça.
Após tomar conhecimento do ocorrido, policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) iniciaram as buscas na região, resultando na prisão de sete pessoas suspeitas, incluindo menores. Investigações subsequentes da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) identificaram que apenas Andrey, Darcifran e Kauá participaram da execução.