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Seca dos rios na Amazônia afeta economia do Acre

Motocicletas da Honda, que deveriam estar na loja para venda em Cruzeiro do Sul, estão encalhadas no Rio Madeira entre os municípios de Manicoré e Humaitá, no Amazonas. Mais um exemplo de como a seca dos rios na Amazônia tem afetado a economia do Acre.


Atualmente, a empresa tem 400 motos, sendo 4 carretas e contêineres, com mais de 100 motos cada, parados em uma embarcação que está encalhada entre os municípios de Manicoré e Humaitá, não conseguindo chegar até o destino final, que é Rondônia. Desses veículos, pelo menos 60 motocicletas são para Cruzeiro do Sul.


O gerente da concessionária Juruá Motocenter Honda em Cruzeiro do Sul, Edvaldo Nascimento, conta que as motocicletas, os motores e outros itens, produzidos no Amazonas, são embarcados em balsas que navegam de Manaus a Porto Velho pelo rio Madeira, mas devido à seca extrema, muitas vezes têm encalhado.



Ele diz que a solução para o problema seria a conclusão do asfaltamento da BR-319 que liga Porto Velho a Manaus e cita a dificuldade da atual logística.


“A estrada é crucial para a circulação de produtos, que poderiam ser transportados via rodoviária até o seu destino, evitando, contratempos e transtornos. Faltam apenas 500 quilômetros para a conclusão da BR-319. A ausência de asfaltamento nessa estrada afeta não só o Acre, mas também toda a produção de Manaus, que para trazer uma carga para o Acre, é necessário enviar para Belém, para depois pegar a via rodoviária até Brasília e só então trazer o produto ao nosso estado”, destacou Edvaldo.



A BR-319, com cerca de 900 quilômetros, é a única rodovia que conecta o Estado do Amazonas a outras regiões do Brasil. Por problemas ambientais, a estrada espera asfalto em sua totalidade há 52 anos. No último dia 7 de outubro, a Justiça Federal autorizou o retorno das obras de asfaltamento e restauração da BR-319 e o presidente Lula afirmou que quer a pavimentação da estrada.


Dentro da área de influência da BR-319, encontram-se:


49 terras indígenas;


49 unidades de conservação


140 mil km² de florestas públicas não destinadas.


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