Mais de 1,5 mil detentos participam do Encceja PPL no Acre

Mais de 1.500 inscritos participam do Enem PPL no Acre. Foto: Lucas Manoel/Iapen

Com um aumento de 43,26%, em relação a 2023, o Acre está entre os estados que se destacaram no número de inscritos para o Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoa Privada de Liberdade (Encceja PPL) 2024.


No ano passado foram 1.105 inscritos, já este ano 1.583 apenados participam das provas em todo o estado. O exame, que possibilita a aquisição dos certificados do ensino regular, conhecimento que oferece ao detento maiores chances de recolocação social ao sair ao do sistema prisional, é aplicado nas unidades prisionais de todo o país nesta terça-feira, 29, e quarta, 30. No Acre, detentos de Rio Branco, Senador Guiomard, Tarauacá, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul terão a chance de obter seus certificados.


Processo de preparação e aplicação das provas contou com contribuição de várias instituições e setores. Foto: cedida

A chefe da Divisão de Educação Prisional do Iapen, Margarete Frota, disse que o sucesso no aumento do número de inscritos se deve a uma ação articulada com o Núcleo de Apoio a Família (NAF) e o Instituto de Identificação da Polícia Civil, para acesso e recebimento da documentação dos inscritos; a Secretaria Estadual de Educação (SEE), com apoio logístico de tendas, cadeiras e climatizadores; além do apoio de outros setores do Iapen.


“É uma parceria interna que envolve muitos setores, tanto da segurança, quanto dos próprios servidores que precisam ser destacados para aplicação da prova, por conta da ambientação com o sistema prisional. Não é possível deslocar pessoas alheias ao sistema que não conhecem como as coisas funcionam. E nós tivemos que fazer um deslocamento de pessoas de todos os setores para dar esse suporte na aplicação”, relatou.


Detentos participam de videoaula. Foto: cedida

A gestora explicou ainda que todo o trabalho para a realização das provas começou muito antes, com as aulas oferecidas para os detentos nos presídios. “Quero dar ênfase à Secretaria de Estado da Educação, porque, além da estrutura para a aplicação, forneceu material impresso, preparatórios e videoaulas, que foram passadas para os alunos da Escola Fábrica de Asas e das escolas dos núcleos do interior. Houve tanto o empenho de esforços financeiros no preparatório dos presos, como na estrutura para aplicação”, destacou.


Detento recebe material impresso para estudo. Foto: cedida

As provas são aplicadas nas seguintes áreas do conhecimento: ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e redação; ciências humanas e suas tecnologias.


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