O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou, neste sábado (5) a exclusão de vídeos relacionados ao suposto laudo médico publicado nas redes sociais de Pablo Marçal (PRTB) na sexta-feira (5), contra o adversário na disputa pela prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), publicou a Folha de S.Paulo.
A liminar determina que sejam excluídos vídeos no Instagram, TikTok e Youtube.
“Há plausibilidade nas alegações [dos autores da representação], envolvendo não apenas a falsidade do documento, a proximidade do dono da clínica em que gerado o documento com o requerido Pablo Marçal, documento médico assinado por profissional já falecido e a data em que divulgados tais fatos, justamente na antevéspera do feito”, afirmou o juiz, segundo o jornal.
Na noite da sexta-feira, Marçal publicou a imagem de um suposto prontuário médico que associa o candidato Guilherme Boulos ao uso de drogas. O candidato do PSOL pediu a prisão do autointitulado ex-coach alegando que o documento é falso.
A publicação feita por Marçal exibe a imagem de um suposto encaminhamento do candidato do PSOL a um serviço de psiquiatria devido a “um quadro de surto psicótico grave, delírios persecutórios e ideias homicidas, além de confusão mental e episódios de agitação”. Um exame toxicológico positivo para cocaína teria sido apresentado por um acompanhante.
Pelo registro no Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico que assina o laudo está cadastrado como falecido. Não há, ainda, especialidade registrada em seu cadastro no sistema do conselho.
Pouco após a publicação, Boulos divulgou uma série de imagens e vídeos em suas redes sociais onde o dono da clínica Mais Consulta, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, que emitiu o suposto prontuário, aparece junto ao candidato do PRTB.
Na mesma data anotada no suposto prontuário, 19 de janeiro de 2021, o candidato do PSOL fez uma live pela manhã, tratando sobre a importação de vacinas durante a pandemia de Covid-19. No dia seguinte a isso, esteve em uma ação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), na favela do Vietnã, zona sul de São Paulo, registrada em postagem em suas redes sociais.