O dólar comercial encerrou o dia com leve alta, praticamente com estabilidade, em meio ao avanço da moeda no exterior. Lá fora, investidores se posicionavam para uma possível vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA e para cortes menores de juros.
No início da sessão, a moeda operava com alta perante o real nas primeiras negociações desta terça-feira (22), com ajuda de fatores externos favoráveis.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,06%, cotado a 5,6967 reais.
Em outubro a divisa acumula elevação de 4,54%.
Às 17h19, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,02%, a 5,6995 reais na venda.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou o dia em leve baixa de 0,13%, cotado a 5,6931 reais.
No fim da manhã, o BC vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,697
- Venda: R$ 5,697
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,694
- Venda: R$ 5,874
O que acontece com o dólar hoje?
No exterior o dólar já sustentava pela manhã ganhos ante uma cesta de moedas fortes e em relação a várias divisas de países emergentes, em meio à perspectiva de que o Federal Reserve cortará sua taxa de juros em apenas 25 pontos-base em novembro, e não em 50 pontos-base. Juros mais altos nos EUA, em tese, tendem a impulsionar a moeda norte-americana.
Além disso, a eleição presidencial dos EUA continuou sustentando as cotações do dólar, à medida que crescem as expectativas de uma vitória de Trump sobre a democrata Kamala Harris. As políticas de Trump são vistas como potencialmente inflacionárias, o que também afetaria o câmbio.
Neste ambiente, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,7191 reais (+0,46%) às 10h02. No entanto, pouco depois disso, às 10h35, a divisa atingiu a mínima de 5,6753 reais (-0,31%), com alguns agentes aproveitando as cotações mais elevadas para vender moeda.
Durante a tarde o avanço do dólar ante boa parte das demais divisas no exterior continuou dando certo suporte às cotações no Brasil, que retornaram para perto da estabilidade. Mas assim como as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), o dólar oscilava em margens estreitas, em um dia de “pausa” após os fortes avanços vistos no mês de outubro.
Durante a tarde, declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à emissora norte-americana CNBC foram consideradas dentro do script mais recente da instituição. Na entrevista, Campos Neto repetiu que a economia brasileira está resiliente e que o mercado de trabalho está apertado, reiterando que a instituição busca atingir o centro da meta de inflação, de 3%.