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Dólar fecha abaixo dos R$ 5,70 em dia de ajustes, na contramão do exterior

Dólar

O dólar hoje terminou o dia em queda. Depois de bater R$ 5,735 na máxima do dia, a moeda perdeu força e encerrou o dia em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,690.


Nas primeiras negociações do dia, a divisa norte-americana se fortalecia no exterior com a percepção de força da economia dos Estados Unidos e as apostas de vitória de Donald Trump na eleição presidencial do país. Mais próximo do fim da sessão, a moeda mudou de direção e passou para trajetória de queda.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia em leve baixa de 0,13%, cotado a 5,6931 reais. Em outubro a divisa acumula elevação de 4,48%.


Às 17h05 na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,06%, a 5,7030 reais na venda.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 5,690
  • • Venda: R$ 5,690

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,694
  • • Venda: R$ 5,874

No fim da manhã o Banco Central vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.


O que aconteceu com o dólar hoje?

Depois de bater R$ 5,735 na máxima do dia, o dólar perdeu força e encerrou o dia em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,690 na compra e na venda. A moeda passou por dia de ajustes após altas recentes.


Lá fora, a moeda norte-americana apresentou ganhos mais firmes, sustentada tanto pela expectativa de cortes menores de juros nos EUA quanto pelo aumento de chances de vitória de Donald Trump nas eleições.


No início do dia a moeda norte-americana chegou a superar os 5,73 reais, acompanhando o avanço firme das cotações também no exterior. Um dos motivos para o movimento era a leitura de que o Federal Reserve tende a cortar os juros em apenas 25 pontos-base em novembro, e não em 50 pontos-base.


Além disso, os receios em torno de eventual vitória de Trump na disputa com Kamala Harris pela Casa Branca dava suporte ao dólar. Analistas veem as propostas do ex-presidente, incluindo tarifas e cortes de impostos, como favoráveis à alta da moeda norte-americana.


“Trump é um dos elementos mais importantes (para a alta recente do dólar). Ele faz boa parte do que promete, e o que ele faz é disruptivo”, avaliou André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.


“Ele já falou publicamente que vai cortar impostos de empresas por lá e emitiu sinais de que o fiscal norte-americano vai continuar em aceleração, o que sugere uma taxa de juros mais alta por mais tempo”, acrescentou.


Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,7363 reais (+0,63%) às 9h52.


Depois disso, porém, o dólar perdeu força ante o real e se reaproximou da estabilidade, em meio a ajustes de preços após a escalada recente. Este movimento de ajuste foi visto também no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros), onde as taxas cederam apesar a forte alta dos rendimentos dos Treasuries.


A perda de força do dólar ante o real ocorreu em paralelo a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento em São Paulo.


Campos Neto seguiu o roteiro recente de comentários, ao reforçar que medidas fiscais são importantes para o BC conseguir baixar os juros, que a missão da instituição é atingir a meta de inflação de 3% e que não há uma orientação (guidance) para o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro.


Sem grandes eventos econômicos previstos para esta semana, o foco do mercado estará nos lucros corporativos e no risco eleitoral dos EUA durante a semana.


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