A conta de luz mais cara nas residências dos brasileiros influenciou, em grande parte, a aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 0,44% em setembro, indicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
O preço da energia elétrica residencial subiu para 5,36% em setembro – em agosto, quando não havia cobrança adicional nas contas de luz, o preço deste item caiu 2,77%.
Segundo o IBGE, o encarecimento da conta de energia teve impacto de 0,21 pontos percentuais (p.p.) no IPCA, que mede a inflação oficial no país.
No início de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária patamar 2 – a mais cara no sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – devido as previsões de baixa nos reservatórios das hidrelétricas e alta no preço do mercado de energia elétrica neste mês.
Neste nível atual, os brasileiros pagam o custo adicional de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em setembro, com as chuvas no país abaixo da média, os consumidores já recebiam a conta de luz mais cara devido acionamento da bandeira vermelha patamar 1.
IPCA
No mês anterior, o IPCA, que mede a inflação oficial no país, havia apresentado deflação de 0,02%. No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central neste e nos próximos anos é de 3%, com intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%.