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Boulos pede prisão de Pablo Marçal após divulgação de suposto laudo sobre drogas

O candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou na noite da última sexta-feira (4) que pediu a prisão de Pablo Marçal (PRTB), concorrente no pleito municipal, na justiça criminal, bem como medidas na justiça eleitoral. O autodenominado ex-coach havia publicado, pouco antes, um suposto prontuário médico que apontaria para uso de cocaína pelo deputado federal, que trata o documento como falso.


“O Pablo Marçal não tem limite. Ele publicou na rede social dele um documento falso querendo sustentar a fake news dele, que já foi desmascarada, de que eu usaria drogas”, disse o deputado federal em publicação no Instagram na noite da sexta-feira. “Estamos entrando agora à noite com um pedido de prisão dele e do dono da clínica.”


A publicação feita por Marçal exibe a imagem de um suposto encaminhamento do candidato do PSOL a um serviço de psiquiatria devido a “um quadro de surto psicótico grave, delírios persecutórios e ideias homicidas, além de confusão mental e episódios de agitação”.


O suposto documento, assinado em nome do médico José Roberto de Souza (CRM 17064-SP), pela clínica Mais Consulta, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, diz que um acompanhante do deputado teria apresentado um exame toxicológico em que o resultado é positivo para cocaína.


Pelo registro no Conselho Federal de Medicina (CFM), o médico em questão está cadastrado como falecido. Não há, ainda, especialidade registrada em seu cadastro no sistema do conselho.


Na mesma data anotada no suposto prontuário publicado por Marçal, 19 de janeiro de 2021, o candidato do PSOL fez uma live pela manhã, tratando sobre a importação de vacinas durante a pandemia de Covid-19. No dia seguinte a isso, esteve em uma ação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), na favela do Vietnã, zona sul de São Paulo, registrada em postagem em suas redes sociais.


Após a publicação do documento por Marçal, Boulos fez uma postagem mostrando uma série de fotos e vídeos do candidato do PRTB junto ao dono da clínica Mais Consulta, o biomédico Luiz Teixeira da Silva Junior – segundo consta no quadro de sócios do CNPJ, confirmado pelo InfoMoney.


Em 2021, o biomédico foi condenado na 22ª Vara Federal de Porto Alegre por tentar usar um diploma de graduação em Medicina e uma ata de colação de grau falsos, utilizando o nome da Fundação Educacional Serra dos Órgãos, ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul.


Pouco depois de fazer a primeira publicação, com a imagem do suposto documento, Marçal voltou às redes sociais para publicar um print em que pode-se ler a mensagem “removemos sua publicação”, associado à postagem anterior. “O Instagram removeu a minha publicação. Parabéns pela democracia de esquerda. Acha isso justo”, reagiu o candidato na legenda.


O candidato não explicou, no entanto, se a exclusão teria ocorrido proativamente pela Meta, dona do Instagram, ou se a empresa teria cumprido decisão judicial.


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