Jair Bolsonaro (PL) reagiu duramente ao fato de Pablo Marçal (PRTB) ter condicionado o apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno em São Paulo a um pedido de desculpas do ex-presidente.
Ao ser questionado pela coluna sobre a exigência de Marçal, Bolsonaro reagiu com xingamentos ao ex-coach, sinalizando serem remotas as chances de o ex-presidente se retratar com o candidato derrotado.
Apesar da reação dura, Bolsonaro pretende ignorar o ex-coach derrotado daqui para frente. A aposta do ex-presidente da República é de que Marçal deve acabar se tornando inelegível em breve.
O motivo seria o laudo médico falso divulgado pelo ex-coach na véspera do primeiro turno para tentar emplacar a narrativa de que Guilherme Boulos (PSol) seria usuário de cocaína.
Marçal exigiu desculpas de Bolsonaro, Tarcísio e Nunes
Em entrevista na terça-feira (8/10), Marçal condicionou um eventual apoio a Nunes no segundo turno a pedidos de desculpas de Bolsonaro por ofensas proferidas durante a campanha para o primeiro turno.
A exigência de desculpas do ex-coach se estendem a outras quatro personalidades: o governador Tarcísio de Freitas, o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o próprio Nunes.
“A consideração (de um apoio a Nunes) está condicionada a (uma retratação de) Malafaia, Bolsonaro, Eduardo, Tarcísio e ele (Nunes)”, afirmou o candidato derrotado do PRTB.
Bolsonaro não temeu Marçal, diz Flávio
Em entrevista ao Metrópoles, na coluna Guilherme Amado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que seu pai não temeu perder o protagonismo político no campo da direita para Marçal.
Embora diga que Jair Bolsonaro não temia perder protagonismo para Marçal, o senador citou pesquisas eleitorais internas que apontariam que, em 2026, Bolsonaro enfrentaria Marçal com sucesso.