Jordan Araújo, de 33 anos, natural do Acre e morador de Fort Myers, na Flórida, há três anos, compartilhou que já esperava a gravidade da situação quando soube da aproximação do furacão Milton na região.
Jordan relatou suas experiências com furacões anteriores. “Recebemos um alerta por volta do meio-dia para toda a Flórida. Como já tivemos experiências ruins com outros furacões nesses três anos, decidimos nos prevenir”, explicou ao G1/AC.
Araújo, que é de Senador Guiomard, saiu do apartamento em que vivia com a esposa, também brasileira, e as filhas, de 3 e 1 ano, para se abrigar em uma casa alugada em Atlanta, capital da Geórgia, onde aguardam até que seja seguro retornar. “Eu e minha esposa priorizamos nossas filhas, não dá para brincar com a natureza. Com crianças, era impossível ficar. Levamos apenas roupas para esses dias e nossos documentos”, disse.
Jordan, proprietário de uma empresa de construção e limpeza junto com a esposa, presta serviços para uma seguradora nos EUA. Ele relatou que, mais de dois anos após a passagem do furacão Ian pela Flórida, ainda trabalha em áreas devastadas. Ele teme que a situação se repita com o furacão Milton. “São momentos angustiantes. Depois do furacão, parece cena de guerra. Há locais que se tornam inabitáveis. O mar invade diversas regiões costeiras”, lamentou.
O furacão Milton atingiu a Flórida na noite de quarta-feira (9), deixando pelo menos 12 mortos, segundo autoridades locais. De acordo com a NBC News, o chefe de polícia do condado de Volusia, Michael J. Chitwood, confirmou três mortes na região.
