Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) revelam que o Acre enfrenta um grave desafio ambiental e de saúde pública com 15 lixões ainda em operação no estado, mesmo após o vencimento do prazo para seu fechamento, que deveria ter ocorrido em agosto de 2024, conforme estabelecido pela Lei nº 14.026/2020. A lei, parte do Novo Marco Legal do Saneamento, reforçava a necessidade de eliminar os lixões, substituindo-os por aterros sanitários, que oferecem descarte adequado dos resíduos sólidos.
Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) contabilizou 299 lixões em atividade na região Norte, em 2022. cc
Mesmo após 13 anos da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que previa a eliminação dos lixões, a realidade local demonstra pouca evolução. O estado, assim como outros da região Norte, ainda luta para cumprir as metas de adequação do manejo de resíduos sólidos. Dos 46 milhões de toneladas de lixo gerados no Brasil, apenas 73,7% têm a destinação correta em aterros sanitários. No Acre, grande parte dos resíduos ainda é depositada em locais inadequados, causando sérios riscos ambientais e à saúde.
O impacto dessas áreas é visível em municípios acreanos onde lixões a céu aberto expõem a população a doenças, poluem rios e contaminam o solo. Além disso, o chorume, resíduo líquido altamente poluente, contamina lençóis freáticos, aumentando os riscos para as comunidades próximas.