Rio Branco se destaca como a capital brasileira com a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, registrando um índice de 3,25%, segundo dados divulgados pela Agência Brasil.
Além de Rio Branco, outras capitais com baixos índices de desigualdade incluem Manaus (13,3%), Aracaju (12,23%), Boa Vista (8,89%) e Macapá (6,34%). Rio Branco lidera a lista com o menor percentual.
Em contraste, capitais como Rio de Janeiro apresentam uma disparidade mais significativa, onde as mulheres ganham, em média, 28,75% a menos que os homens. Outras cidades com grandes diferenças salariais incluem João Pessoa (28,89%), Belo Horizonte (29,02%), Recife (29,30%) e Teresina, com a maior desigualdade, de 34,17%. Em São Paulo, a diferença salarial chega a 24,54%, conforme o relatório “Eleições 2024: Grandes desafios das capitais brasileiras”, do Instituto Cidades Sustentáveis, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do segundo trimestre de 2023.
Especialistas apontam que políticas municipais podem ajudar a reduzir essa desigualdade. Ações como a ampliação de creches e escolas em tempo integral, e concessão de crédito para mulheres empreendedoras, são algumas das sugestões. Carla Pinheiro, presidente do Conselho de Mulheres da Firjan, enfatiza que a inserção de mulheres em cargos qualificados impulsiona a economia.
Por outro lado, a economista Janaína Feijó, da FGV IBRE, observa que cidades menores tendem a apresentar menor desigualdade salarial devido à menor participação feminina no mercado de trabalho, o que nem sempre resulta em melhores rendimentos.
Segundo um estudo do Instituto Global McKinsey, a equidade salarial poderia agregar até 12 trilhões de dólares ao Produto Interno Bruto (PIB) mundial até 2025.