Reversão do Saerb por Bocalom vira tema no debate entre Marcus e Jarude

O debate entre os candidatos à prefeitura de Rio Branco para as eleições de 2024, promovido pelo curso de jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) na noite desta sexta-feira, 30, trouxe à tona a questão do saneamento na capital acreana. A reversão do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) sob a gestão do prefeito Bocalom gerou comentários entre os candidatos Marcus Alexandre (MDB) e Emerson Jarude (NOVO).


Durante o confronto, Jarude destacou a persistente crise de abastecimento de água na cidade, que, segundo ele, não se deve apenas ao nível dos rios, mas à má gestão dos recursos. “O que a nossa população busca é uma solução definitiva para a falta de água. Não podemos esquecer que, enquanto o nível dos rios varia, a gestão do abastecimento continua falhando. Nos últimos anos, os investimentos em saneamento têm sido irrisórios, e apenas metade da população tem acesso à água tratada”, afirmou.


Em resposta, Marcus Alexandre criticou a administração atual e as promessas feitas por Bocalom. “A insistência do Bocalom em prometer água 24 horas é algo que não se sustenta. Ele é o ‘Zé Promessa’. Enquanto isso, o que vemos são promessas vazias. O prefeito não investiu nas Estações de Tratamento de Água (ETAs), deixou a infraestrutura deteriorar e, assim, a população continua sem o abastecimento adequado”, argumentou.


Alexandre ressaltou a necessidade de valorizar os servidores do Saerb e fazer investimentos reais nas ETAs e na construção de novos reservatórios, especialmente nas áreas mais altas da cidade. “Vamos recuperar as ETAs e implementar um programa de combate às perdas de água. Precisamos de um investimento sério para melhorar o sistema de abastecimento da nossa cidade”, completou.


Na tréplica, Jarude voltou a abordar a questão financeira, reforçando que a falta de emendas federais para o saneamento é um dos maiores obstáculos. “Nos últimos anos, a bancada federal não tem disponibilizado recursos adequados. É hora de tirar a gestão do saneamento das mãos dos políticos e garantir que o dinheiro público seja utilizado em benefício da população. Propomos a transformação do que é gasto no Saerb em tarifas sociais, para que aqueles que não têm condições de pagar pela água sejam atendidos”, afirmou.


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