Região Norte lidera incêndios em setembro; 10 mi de pessoas já foram impactadas no país

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O Brasil atravessa um dos mais severos períodos de seca, com boa parte do país coberta por fumaça de queimadas.


A região Norte registrou 23.715 focos de incêndios em setembro, considerando os dados publicados até a última sexta-feira (13) e lidera o ranking nacional, já o Centro-Oeste está na segunda, posição com 18.015 focos.


O Sudeste tem 5.398 focos nos primeiros dias do mês e ocupa o terceiro lugar, seguido pelo Nordeste, com 5.012. A região Sul tem menos de mil focos de incêndios. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Impacto na população

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (Cnm) mostra que, entre agosto e setembro, mais de 10 milhões de pessoas, espalhadas por 531 municípios, estão sendo afetadas pelas consequências dos incêndios nos biomas brasileiros.


Já 1,4 milhão de habitantes sofrem com os efeitos da estiagem no mesmo período, com 154 cidades sofrendo as consequências da seca. Os prejuízos causados tanto pela seca, quanto pelos incêndios florestais já somam pelo menos R$ 2 bilhões.



Capitais como Belo Horizonte, Brasília e Goiânia enfrentam quase 150 dias sem precipitação, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


Esta situação crítica é refletida em outras capitais, como Cuiabá (118 dias), Palmas (116 dias), Teresina (57 dias) e São Paulo, que está há 16 dias sem chuva.


São Paulo, em particular, registra focos de incêndio diariamente desde 17 de agosto, colocando o estado em alerta de risco elevado de incêndios, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Estiagem recorde

A seca severa também afeta a região Norte, onde a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por 180 dias devido à estiagem.


O Rio Negro, em Manaus, atingiu uma cota crítica de 17,02 metros, apenas 4,32 metros acima da menor cota histórica registrada em outubro de 2023.


Dados do MapBiomas indicam que o Brasil perdeu, em agosto, uma área equivalente ao território da Paraíba em queimadas, com um aumento de 149% em comparação ao mesmo período do ano anterior.


 


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