A Polícia Federal (PF) enviou, nesta quinta-feira (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório com a apuração preliminar sobre as acusações de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida. O caso está sob sigilo na Corte.
A PF quer uma avaliação do Supremo em relação ao andamento do caso: se a apuração deve ser supervisionada pela Corte ou se o caso deve ser enviado para a primeira instância da Justiça e até mesmo seguir com a Polícia Civil.
A movimentação da PF ocorre porque Silvio Almeida foi demitido na sexta-feira (6), um dia após surgirem as denúncias de assédio sexual de várias mulheres, entre elas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Com a saída do cargo, ele perdeu o foro privilegiado.
Investigadores dizem que o objetivo é evitar qualquer nulidade no caso.
Nesta quarta-feira (11), a PF ouviu uma testemunha que confirmou ter sido vítima de importunação sexual.
Denúncias de assédio
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido do cargo em 6 de setembro, após a divulgação de que ONG Me Too Brasil recebeu denúncias de assédio sexual contra ele.
Após reunião no Palácio do Planalto, o presidente Lula entendeu que a situação do então ministro era insustentável e o tirou do cargo. Silvio Almeida nega as acusações.
A divulgação do caso provocou uma crise no governo. Segundo a jornalista Daniela Lima, da GloboNews, integrantes da equipe do governo sabiam desde o ano passado de relatos de suposta conduta de assédio por parte de Almeida.
Na segunda-feira (9), a deputada estadual Macaé Evaristo foi anunciada como a nova titular da pasta.