A operação da Polícia Civil de Pernambuco contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais, que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra nesta quarta-feira (4), também mira duas patrocinadoras de times da série A: as bets Esportes da Sorte e Vai de Bet.
Batizada de “Integration”, a ação inclui o sequestro de bens de luxo, como imóveis, carros, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de mais de R$ 2,1 bilhões em ativos financeiros, e contou com o apoio da Interpol e das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás.
A Esportes da Sorte é a patrocinadora master do Corinthians, com um contrato de R$ 309 milhões por três anos. A casa de apostas também patrocina o time de futebol feminino do Palmeiras, com um acordo de R$ 18,5 milhões por temporada, além de Athletico-PR, Bahia e Grêmio, na Série A do Campeonato Brasileiro; Ceará, na Série B; Náutico, na Série C; e Santa Cruz, na Série D.
Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte, teve joias e dinheiro apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco em um apartamento no Recife. Segundo o portal g1, o advogado do empresário afirmou que ele estava em viagem de trabalho e ciente da operação.
Em nota enviada à imprensa, a Esportes da Sorte afirmou que “está de portas abertas para apresentar documentos, esclarecer dúvidas e prestar apoio irrestrito a qualquer ação investigatória”, mas lamentou estar “às escuras, sem acesso aos autos do inquérito e aos motivos da ação policial”.
Outra empresa investigada pela operação, segundo o g1, é a Vai de Bet — ex-patrocinadora do Corinthians que recentemente rompeu o contrato com o clube.
O veículo informa que endereços alvo de mandados de busca e apreensão em Campina Grande (PB) estão ligados à Vai de Bet. Garrafas de vinho, bolsas de grife, dinheiro em espécie em real, dólar e euro, passaportes e até um helicóptero foram apreendidos.