No Dia Mundial contra a Raiva, Idaf promove ações de prevenção e conscientização para combate da doença

O governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), está promovendo ciclos de palestras em escolas e a produtores rurais de todo o estado, em alusão ao Dia Mundial contra a Raiva, 28 de setembro, data instituída pela Aliança Global para Controle da Raiva (Garc) e reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


A campanha reforça a importância de ações de prevenção e controle por parte de governos e sociedade, alerta sobre os perigos da doença e promove medidas necessárias para combatê-la.


Monitoramento de animais de produção e educação sanitária com destaque à vacinação são fundamentais na luta contra raiva. Foto: Fabiana Matos/Idaf

A raiva é uma doença grave, de evolução fatal, disseminada por meio de mordidas de animais infectados, como morcegos, e representa uma ameaça significativa à saúde pública, tanto para animais quanto para o ser humano, especialmente em regiões com baixa cobertura vacinal.


Por isso, é fundamental que se busque atendimento médico imediato após mordida ou arranhão de um animal, especialmente se não se sabe se ele estava vacinado. A realização de bloqueios de focos e o tratamento imediato, que inclui a administração de soro e vacina antirrábica, são ações decisivas para evitar o desenvolvimento da doença.


Equipe do Idaf promove, em todo o Acre, palestras de caráter educativo sobre o Dia Mundial contra a Raiva. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Vale frisar que o Idaf é o órgão responsável  pela execução do Programa Estadual de Controle da Raiva em Herbívoros, do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), que visa estabelecer sistemas de vigilância para identificar e monitorar casos de raiva em animais do setor rural, permitindo uma resposta rápida e reforçando a importância da vacinação em massa, que é o único método eficaz para o combate.


“Uma vez notificada pelo produtor a verificação de sintomas como salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras, cabe ao órgão [Idaf] enviar uma equipe até o local para fazer uma investigação minuciosa. Caso o animal chegue a óbito, é realizada uma coleta e enviada para o Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário em Goiás [LABVET], para se obter um resultado mais preciso” ressalta Maria do Carmo Portela, coordenadora estadual do Programa de Controle da Raiva de Herbívoros do Idaf.


A vacinação de animais domésticos, como cães e gatos, é essencial e de competência exclusiva da Secretaria de Estado de Saúde. Já os animais de produção, como bovinos, equinos e ovinos, devem ser vacinados pelo produtor, independentemente do sexo, reforçando a vacina após 30 dias da primeira dose. Posteriormente, a vacinação deve ser repetida anualmente.


Idaf usa estratégias de monitoramento da doença em áreas de risco, com objetivo de reduzir transmissão do vírus entre animais. Foto: Fabiana Matos/Idaf

Ao longo desta semana, todas as unidades do Idaf nos municípios trabalharam com ações educativas na área urbana e rural, divulgando conhecimentos e apresentando ferramentas essenciais para a promoção de saúde e prevenção de doenças. “Visitamos todas as escolas rurais de Acrelândia, levando informações para crianças, em sua maioria filhos de produtores, sobre a doença raiva, porque entendemos que elas são os maiores propagadores de informação”, explica Luciano Chaves, médico veterinário.


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