O candidato a prefeito pela Coligação Bora Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), lamentou a postura do prefeito Tião Bocalom (PL) em manter seu assessor especial no gabinete da prefeitura, mesmo após a condenação por assédio sexual. Neste sábado, 28, ele afirmou que, em sua eventual gestão, haverá tolerância zero para crimes contra a mulher.
Segundo o emedebista, um gestor público não pode ignorar esse tipo de conduta em órgãos públicos. Por isso, ele sugeriu que a Ouvidoria da Prefeitura seja fortalecida, garantindo o sigilo de quem denuncia. “Não pode passar pano, não pode ter nenhuma tolerância. É necessário ter uma Ouvidoria que garanta o sigilo de quem denuncia e que faça as devidas apurações. O que está acontecendo é que o secretário de Saúde foi condenado. Não sou eu que estou dizendo, é a Justiça; ele foi condenado por assédio sexual dentro da secretaria e, mesmo assim, foi nomeado no gabinete do prefeito, chegando a coordenar a campanha e a fazer vídeos com o prefeito”, declarou.
Alexandre também reprovou a conduta de Bocalom em uma recente sabatina, na qual ele teria colocado a culpa do ato praticado por Frank Lima na vítima. O candidato afirmou que eventuais servidores e gestores serão demitidos caso ocorram crimes dessa natureza. “Na sabatina, ele praticamente colocou a culpa na vítima, afirmando que ela participava de um esquema. Eu vi um vídeo no Instagram. É lamentável; ele deveria se solidarizar com as mulheres. Comigo não haverá tolerância. Se esse tipo de situação ocorrer, a pessoa será demitida e afastada; não poderá trabalhar na prefeitura. É claro que deve ser garantido o amplo direito de defesa, e as investigações devem ser feitas, mas é preciso afastar do serviço público”, esclareceu.
Marcus Alexandre também se solidarizou com as mulheres vítimas de abuso e assédio sexual, além de expressar apoio à jornalista Quésia Melo, que teve um embate recente com Bocalom durante uma entrevista na TV Acre. “Comigo é tolerância zero para o assédio. Aprendi a respeitar as mulheres com a minha mãe. Minha solidariedade às vítimas desses assediadores e à jornalista Quésia Melo”, encerrou.