Um mapeamento realizado do Ministério da Justiça e Segurança Pública, realizado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), mostrou a presença e atuação de 88 facções criminosas nos presídios brasileiros. As informações foram divulgadas pelo Estadão nesta segunda-feira (9).
No Acre, o controle das prisões é dividido entre três das principais facções: o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e o Bonde dos 13 (B13), uma organização criminosa de origem local. O levantamento abrange o período desde o fim de 2022 até hoje. O governo define organizações criminosas (orcrims) como grupos que reúnem com trajetória delitiva e funcionam como organizações de atividades ilícitas.
Segundo o levantamento, o PCC e o CV, que têm alcance nacional, são os grupos com maior influência em todo o país, mas a presença do B13 no Acre demonstra a capacidade das facções locais de também controlarem territórios dentro e fora dos presídios. O estudo ainda estima que o número de organizações criminosas no Brasil possa ultrapassar a marca de cem.
O mapeamento das facções tem como objetivo fortalecer o monitoramento dessas organizações e aprimorar as estratégias de segurança. Segundo o estudo, o Ministério da Justiça pretende intensificar o acompanhamento das atividades criminosas dentro das prisões, buscando identificar padrões de atuação e encontrar maneiras mais eficazes de conter a expansão dessas facções, que representam um dos maiores desafios da segurança pública no país.