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Liderados por acreano, médicos brasileiros participam de imersão nos EUA

Liderados pelo médico acreano Mazinho Maciel, especialista em autismo com atuação internacional, médicos acreanos de todo o Brasil participam de uma imersão em neurociência focada no transtorno do espectro autista (TEA).


O curso teve início na última segunda-feira, 16, com duração de três dias, em San Diego na Califórnia. A capacitação acontece no Muotri Lab, o mais avançado centro de pesquisa americano. Ao todo, dez médicos de diversos estados do Brasil participam da capacitação.


No Muotri Lab são desenvolvidas pesquisas com organoides cerebrais, que são estruturas qu se assemelham ao cérebro humano, tendo na sua origem células humanas autistas. Esses “mini-cérebros”, assim conhecidos mundialmente, são observados e testados diariamente em busca de novas descobertas que visam entender com exatidão as origens do TEA, e por consequência melhorar o tratamento mediante novas abordagens, inclusive a partir de novos medicamentos.



O laboratório leva o nome do respeitadíssimo neurocientista Alysson Muotri, brasileiro, que se destaca na comunidade científica internacional há mais de duas décadas. “Conheço o Alysson há 7 anos e o acompanho desde então, colaborando com as pesquisas. Temos uma grande parceria nos EUA, África e no Brasil. Recentemente estivemos em Brasília, no Ministério da Cidadania, Tecnologia e Inovação, no qual apresentamos ao governo brasileiro”, destaca Mazinho Maciel.


Para se ter uma ideia da complexidade dos estudos, o próximo passo da pesquisa é ir, literalmente, ao espaço. A ideia é observar as alterações provocadas pela microgravidade nas estruturas neurais, com a ida do médico americano a uma estação espacial, provavelmente no próximo ano.



Quem é Mazinho Maciel


Natural de Cruzeiro do Sul, é considerado um dos especialistas brasileiros no assunto, já tendo sido convidado para palestrar em alguns países do mundo, como os Estados Unidos e a África, Mazinho Maciel começou a se dedicar ao estudo do autismo por uma necessidade pessoal.


Em 2017, a filha do médico, então com dois anos, foi diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista. Por falta de atendimento especializado para a criança no Juruá, acabou se especializando no assunto, criando em Cruzeiro do Sul, o Centro de Tratamento de Integração Sensorial, o Centrin, em agosto de 2018 para atendimento a crianças com TEA.


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