No terceiro debate das eleições municipais de 2024, realizado pela TV Gazeta/Rede Record, os candidatos à Prefeitura de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), Marcus Alexandre (MDB), Emerson Jarude (Novo) e Jenilson Leite (PSB), se enfrentaram neste sábado, 29, em um embate acalorado, discutindo questões como infraestrutura, segurança pública, educação, saneamento básico, água e sobre geração de emprego e renda.
No primeiro bloco, Bocalom confrontou diretamente Marcus Alexandre, questionando sua integridade. “Ele tem me chamado de mentiroso. A pergunta que quero fazer é: mentiroso é aquele que a polícia bate na porta, como você, Marcus, ou aquele que nunca teve a polícia batendo na sua porta, como eu?”, provocou Bocalom.
Em resposta, Marcus Alexandre preferiu focar em propostas e na administração da cidade, destacando que todas as suas contas foram aprovadas e que se manteve ficha limpa para concorrer ao cargo: “Você vem de novo com essas histórias, inventando mentiras para as pessoas que estão em casa. Todas as minhas contas foram aprovadas. Estou muito tranquilo. O que te incomoda é que você fracassou na educação, no transporte, deixou o povo esperando na parada. Você deveria se ater mais aos problemas da cidade ao invés de atacar pessoas”, rebateu Marcus.
Na réplica, Bocalom insistiu na questão, acusando Marcus de não responder ao seu questionamento sobre as visitas da polícia. “Ele não disse quantas vezes a polícia bateu na porta dele. O famoso ‘asfalto sonrisal’, que não durou, estou tendo que resolver o problema agora. Na educação, demos um show com as crianças, e ele nunca fez isso. Ele não tem moral para falar da minha gestão”, retrucou o atual prefeito.
Já na tréplica, Marcus Alexandre atacou o histórico de promessas não cumpridas por Bocalom. “Você prometeu mil e uma casas, mas cumpriu? Não. Prometeu ônibus elétrico, mas deu uma voltinha e foi embora. Quem está mentindo aqui, Bocalom?”, disparou.
EDUCAÇÃO
Marcus Alexandre iniciou sua pergunta criticando a atual administração e destacando suas realizações no setor da Educação durante sua gestão anterior ao candidato Jenilson Leite, do PSB.
Durante o debate, Jenilson respondeu criticando a polarização entre os dois principais candidatos e ressaltando a falta de propostas concretas.”Temos dois candidatos que escolheram essa eleição para brigar, para falar um do defeito do outro, e o que temos visto são poucas propostas no sentido de mudar a sua vida. Durante esta década de gestão entre Bocalom e Marcus Alexandre, os problemas persistem: ruas esburacadas, transporte público deficiente e dificuldades com o abastecimento de água. Em relação às creches, de fato, muitas crianças estão fora delas, e nós vamos priorizar a abertura de novos espaços e avançar na questão das escolas de tempo integral”, afirmou.
Na réplica, Marcus Alexandre reafirmou suas conquistas e criticou a gestão atual por deixar milhares de crianças fora da escola. “Hoje, nós temos 2.500 crianças fora da sala de aula. Isso é o equivalente ao estádio José de Mello lotado de crianças sem acesso à educação. A atual administração fechou creches comunitárias, escolas rurais e interrompeu convênios com igrejas. Nós vamos corrigir isso, chamar o cadastro de reserva, dar posse aos professores e cuidar das crianças com autismo e TDAH, algo que a gestão atual ignorou.”
Em sua tréplica, Jenilson detalhou suas propostas para a educação, especialmente para garantir apoio às mães trabalhadoras e à saúde emocional das crianças. “Vamos criar o programa ‘Minhas Emoções’, uma rede de apoio psicológico que vai atender as crianças logo nos primeiros seis meses de matrícula, para identificar traços de TDAH ou autismo e garantir que elas tenham acesso a terapia rápida e eficiente. Muitas mães não têm recursos para diagnósticos particulares, e esse programa vai oferecer essa segurança.”
A questão do saneamento básico e o acesso à água tratada foi um dos temas centrais abordados por Emerson Jarude (Novo) e Jenilson Leite (PSB) criticaram duramente a gestão atual e as administrações anteriores, apontando a falência das políticas públicas nesse setor. Ao ser questionado sobre a quantidade de famílias de baixo poder aquisitivo que podem ser prejudicadas pelo sistema de concessão,.
“Infelizmente, o poder público falhou miseravelmente. O governo tentou cuidar dessa parte, mas não entregou água para a nossa população. O atual prefeito também não está conseguindo resolver, e a Estação de Tratamento de Água (ETA) até caiu por falta de investimento. Com os 80 milhões de reais que hoje são gastos com o Saerb, conseguimos garantir tarifa social para todos aqueles que não têm condição de pagar água”, disse Jarude.
Jenilson Leite (PSB) rebateu, afirmando que a atual administração falhou em levar água à população e propôs parcerias com os governos federal e estadual. “Precisamos ampliar a rede, que hoje é deficitária, e pensar no futuro, construindo um reservatório para quando o Rio Acre não conseguir suprir a demanda nos períodos de seca”, destacou.
Jarude, no entanto, voltou a criticar o que classificou como promessas repetidas: “Rio Branco perdeu três posições no ranking de saneamento básico e está entre as piores cidades do Brasil. Saerb, assim como Depasa no passado, só serviu para eleger vereadores e deputados. Precisamos de uma solução diferente, que inclua concessões e tarifa social, para evitar que essa situação se arraste por décadas”, afirmou.
Durante o debate promovido pela TV Gazeta/Rede Record, um dos momentos mais acalorados ocorreu quando Marcus Alexandre (MDB) questionou o atual prefeito Tião Bocalom (PL) sobre sua gestão, especificamente sobre um episódio envolvendo a repressão a trabalhadores da limpeza.
Em resposta, Bocalom tentou desviar a culpa: “Olha só, obrigado pela tua pergunta, me deu a oportunidade de eu explicar a situação. Primeiro de tudo, que eu nunca mandei bater em margarinas e garis. Se eu fosse mandar bater seria nos bandidos que roubam o dinheiro público”, afirmou.
Na réplica, Marcus Alexandre se solidarizou com os trabalhadores: “Eu quero me solidarizar com os garis e as margaridas. Sabe por quê? Bocalom, porque quem apanha não esquece. Você foi para a TV reafirmar que mandou, sim, bater nos garis e nas margaridas. Todo mundo assistiu isso na televisão”, declarou.
Alexandre também criticou as políticas do atual prefeito, mencionando aumentos de impostos e tarifas: “Bocalom aumentou o IPTU, bloqueou o dinheiro em conta e pôs o nome das pessoas no Serasa. Ele dobrou a conta de água. Fechou escolas rurais”, elencou.
Na tréplica, Bocalom rebateu as acusações de Alexandre: “Mais uma vez ele mente, porque o processo já vinha de antes. Não é da época da Socorro que pagava sem medir. Se tivesse que bater, eu mandaria bater na cambada que estava roubando o dinheiro público”, afirmou.
Em outro bloco, a questão da continuidade na administração municipal e o compromisso dos candidatos com a cidade foram discutidos de forma intensa entre os concorrentes à Prefeitura de Rio Branco. O candidato Jenilson Leite (PSB) aproveitou a oportunidade para questionar Marcus Alexandre sobre sua decisão anterior de deixar a prefeitura para concorrer ao governo em 2018.
Em resposta, Marcus Alexandre agradeceu por ter exercido a função de prefeito por seis anos e reconheceu que a escolha de se candidatar a governador em 2018 foi um erro:
“Eu tenho humildade de reconhecer que aquela decisão foi equivocada. Hoje, vejo que era melhor não ter tomado. Vou ao encontro do povo e trabalharei por quatro anos”, disse Alexandre.
Jenilson criticou a gestão de Alexandre e Tião Bocalom, destacando os problemas que ainda persistem na cidade.”O que vemos são buracos nas ruas, falta de água nas torneiras e um transporte coletivo ruim”, afirmou.
A tréplica de Alexandre focou na saúde, um tema que considerou crucial: “Bocalom fala de fazer obra com recurso próprio, mas em quatro anos ele construiu apenas um posto de saúde. Eu, com minhas parcerias, construí 28”, destacou.
INFRAESTRUTURA
Durante o debate eleitoral, a questão da infraestrutura urbana e a situação das ruas de Rio Branco gerou um intenso entre os candidatos Tião Bocalom (PL) e Marcus Alexandre (MDB). O ex-prefeito comentou sobre a situação das vias da cidade, citando problemas como a chuva e a poeira, além do surgimento de buracos nas ruas pavimentadas.
“Eu quero dizer para você que está em casa. O prefeito eleito, ele tem quatro anos para trabalhar. O que nós assistimos nos últimos anos foi a prefeitura se omitindo no primeiro, segundo e no terceiro. Não trabalhou, não fez manutenção, deixou a cidade sem manutenção preventiva e corretiva. As pessoas estão com dificuldade de acesso, colocou asfalto sem conferir se a base estava adequadamente compactada,” destacou.
A réplica de Bocalom foi contundente. “É incrível, né? Alguém que fez as Ruas do Povo e eu tive que consertar tudo agora. O governo tá tendo que consertar aquelas do que o governo do PT fez. Estou gastando R$ 25 milhões desse Ruas do Povo, desse nosso asfalto da Rio Branco aqui, senhor candidato. Então, não sei aonde você busca. A nossa qualidade de asfalto é de primeira,” declarou.
Na tréplica, Marcus Alexandre não deixou por menos e desafiou Bocalom a observar de perto a situação das ruas da cidade. “Eu queria convidar o prefeito para ir lá no Belo Jardim, para ir no Jorge Lavocat, para ir lá na Rua Caracas, para ver as ruas que eu tenho andado pela cidade. A dificuldade dele entender que a falta de trabalho nos primeiros três anos e meio e a pressa que ele está tendo de fazer agora porque chegou a eleição deixou a cidade do jeito que está.”, concluiu.
TRANSPORTE COLETIVO
Durante o debate, os candidatos abordaram a situação do transporte coletivo em Rio Branco, um tema que desperta a atenção da população. O candidato Jenilson destacou que a melhoria do transporte está contemplada em seu plano de governo. “Está no nosso plano de governo, faz parte da nossa compreensão, abrir uma licitação, dar celeridade e ter exigências para que as empresas que irão ganhar essa licitação possam cumprir alguns quesitos, ônibus novos em quantidades adequadas.Precisamos avançar, sim, na questão da pavimentação das ruas, porque as pessoas também reclamam que muitas vezes, apesar de ter ônibus em algumas situações, as ruas estão esburacadas.”, disse.
O candidato Jarude, por sua vez, concordou com as críticas ao transporte público. Em sua réplica, ele destacou a urgência de uma mudança: “Fábio mostrou nas suas palavras que o transporte público infelizmente é uma grande porcaria na nossa cidade, e eu volto a dizer, nós vamos colocar um ponto final nessa máfia do transporte coletivo a partir de janeiro, abrindo edital de estação e contratando novas empresas de ônibus para cá.”, destacou Jarude.
Na tréplica, Jenilson fez uma promessa impactante em relação aos estudantes. “Um compromisso nosso, em relação ainda ao transporte coletivo, é a instituição da tarifa zero. Para você estudante, hoje a prefeitura paga 30 milhões de subsídio para poder pagar um real e a passagem está em R$ 3,50. Na nossa gestão, você estudante não vai pagar a passagem de ônibus.”, anunciou.
ASFALTA RIO BRANCO
A questão envolvendo o programa “Asfalta Rio Branco”, foi discutida entre os candidatos Marcus Alexandre (MDB) e Jenilson Leite (PSB). Parlamentares da oposição foram à Polícia Federal (PF) pedir investigação sobre o ‘Asfalto Rio Branco’, que fica sobre a condução do prefeito Tião Bocalom (PL).
“Não faço antecipação de juízo. Os órgãos de controle estão aí, eles vão analisar, eles vão julgar. A prefeitura tem que trabalhar todos os anos, tem que cuidar da cidade com dedicação e não ficar olhando com o retrovisor.”,criticou.
Em resposta, Jenilson posicionou-se como defensor de uma gestão comprometida com a população. “Na nossa gestão, nós vamos procurar trabalhar em respeito a você nos quatro anos.O gestor que tem compromisso com você se comporta trabalhando, passando por cima dos problemas políticos e pessoais,” destacou.
A tréplica de Marcus Alexandre foi uma defesa vigorosa de sua gestão anterior.“Trabalhamos muito. Depois de seis anos, conseguimos asfaltar e levar infraestrutura para dezenas de ruas.Ele [Bocalom] não foi fazer a manutenção e a situação está do jeito que eu vi nessa semana,” concluiu.
EVASÃO DE ACREANOS DO ESTADO
Em outro trecho foi abordado a questão da fuga de acreanos para outros estados entre os candidatos Marcus Alexandre (MDB) e Emerson Jarude (NOVO). O deputado estadual Emerson Jarude criticou o desvio de recursos públicos e enfatizou a necessidade de investir em áreas fundamentais, como saneamento básico e infraestrutura.
“Não desviar o dinheiro público e investir na sua rua, investir no saneamento básico, investir naquilo que há de mais importante na nossa cidade, que são as pessoas que moram aqui. De fato, infelizmente, nos últimos anos, isso tem se perdido cada vez mais.”, afirmou.
Jarude destacou que a falta de soluções para os problemas enfrentados pela população levou à migração de pessoas para estados como Santa Catarina e São Paulo. Ele também lançou um desafio a Marcus Alexandre: “Como é que agora a população pode acreditar que você vai conseguir resolver esse problema, já que teve as três esferas do PT juntas e não conseguiu resolver?”, indagou.
TENHO QUE VOLTAR A PARTIR DAQUI:
Na réplica, Marcus Alexandre reforçou seu compromisso com a construção civil como motor para a geração de empregos. “Quando nós fizemos parcerias e construímos programas habitacionais com casas de alvenaria, ao contrário de prometer mil e uma casas de madeira, essas obras geraram muitos empregos. A nossa proposta é reativar o seu serviço. É acabar com essa história de carona de trazer empresas de fora para levar os empregos daqui.”, destacou o ex-prefeito.
Jarude, em sua tréplica, insistiu na urgência de uma mudança real. “A grande verdade é que não vai ter. Infelizmente, nos últimos anos, o investimento não foi de acordo com o que a gente merecia ter. Eu desafiei ele a não falar o nome Bocalom, mas ele trocou pelo nome prefeito.”, afirmou.
ÔNIBUS ELÉTRICO
Em outro trecho do debate promovido pela TV Gazeta colocou em evidência as preocupações em relação ao transporte público de Rio Branco. O atual prefeito Bocalom respondeu a uma indagação de Jarude sobre a aquisição de ônibus elétricos, que foi prometido pelo gestor durante visita à Alemanha.
“Olha só, realmente eu viajei, conheci e começamos todo o projeto aqui, mas eu tive que escolher entre comprar ônibus elétrico com recurso próprio ou salvar as pessoas que estavam sendo alagadas. Nós gastamos, Jarude, mais de 70 milhões com essas alagações que nós tivemos. Nós tivemos três alagações, nunca um prefeito pegou tantas alagações”, afirmou Bocalom.
Ele continuou, afirmando que “além dos ônibus elétricos, com certeza teremos muito mais ônibus com melhores condições. Nós hoje temos quase metade da frota com ar-condicionado, coisa que nunca teve. E o principal de tudo, a passagem não baixou e não vai subir mais. A passagem, aliás, não subiu e não vai subir mais, como acontecia antigamente. A prefeitura assume e paga as gratuidades. Então, o mais importante é que a população de Rio Branco vai ter, a partir do ano que vem, esses 20 ônibus elétricos e a gente vai ter uma frota bem melhor e o preço não vai subir.”, afirmou.
Por outro lado, Jarude não hesitou em criticar a situação do transporte público. “Quero lamentar pelo senador Sérgio Petecão, porque já está apoiando outro candidato. E é sempre assim na política. Um abraçando o outro, no outro dia brinca. Depois se junta de novo. Mas a grande verdade é que, infelizmente, o nosso sistema de transporte público continua muito ruim. As paradas de ônibus feitas de inox não foram entregues. Bate no peito para dizer que tem 300, 400, 500 milhões de reais em caixa. Mas essa não é a realidade da Prefeitura de Rio Branco. Inclusive pediu um empréstimo de 140 milhões de reais para colocar no asfalto”, criticou.
Em sua tréplica, Bocalom reafirmou seu compromisso com a melhoria do transporte público, dizendo: “Nós realmente falamos que íamos comprar. Volta a insistir. Nós preferimos gastar o dinheiro com as pessoas que foram alagadas. Fizemos coisas que nunca ninguém fez. A outra coisa é com relação aos ônibus que a gente vai comprar. Vamos comprar, já está certo, o PAC já está combinado, a Caixa Econômica já está certa e vamos comprar esses ônibus sim. O mais importante é que, de novo, volto a insistir: não vamos mais subir a passagem de ônibus. E você vai continuar desta forma como nós estamos fazendo nesses últimos três anos, tá certo? Três e cinquenta passagens, não vamos mais mexer no valor. E vamos melhorar a frota.”, afirmou.
OPERAÇÃO NA EMURB
Durante o debate promovido pela TV Gazeta, a discussão em torno da EMURB (Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco) gerou um intenso embate entre os candidatos à Prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre e Emerson Jarude, do MDB e Novo, respectivamente.
Na resposta, Marcos Alexandre defendeu sua trajetória e negou as acusações: “Olha, Jarude, você tem um exemplo bem perto de você sobre essas questões, mas eu não vou entrar nesse detalhe, porque toda vez que vem o processo eleitoral, vocês vem com a mesma ladainha. Eu fui investigado, mas fui absolvido. Quando tive a oportunidade de apresentar as razões, o processo foi arquivado. Portanto, o que eu mais fiz nessa cidade foi trabalhar, foi ajudar as pessoas, ser um bom exemplo. Para poder ser candidato, você tem que ser ficha limpa com todas as suas questões. Eu não tenho nenhuma conta julgada irregular. Por isso que eu sou candidato. Mas eu quero te dizer que o que incomoda é vocês andarem na rua e as pessoas lembrarem do Marcos Alexandre, lembrarem do jeito respeitoso do trabalho, lembrarem que ele construiu 28 postos de saúde, o prefeito que mais fez unidades de saúde na história.”, afirmou.
Jarude, em sua réplica, reafirmou suas críticas e questionou a veracidade das alegações de Marcos. “Desde os 8 anos que eu estou na política, eu não tenho nenhum processo, nem criminal, nem cível, absolutamente nada. Mas aqui eu gostaria de saber da prova do Mancha, motorista da família, que inclusive tinha uma L200, nunca contratada pela EMURB e que abasteceu mais de 100 vezes segundo o registro da bomba. O caminhão do Juarez, que foi contratado 13 mil vezes e nunca prestou serviço para a EMURB. Os mais de 70 mil reais que foram repassados e confirmados em depoimentos por Jackson Marinheiro e Evaldo Moraes. E aqui, para a gente ser bem sincero com quem está nos assistindo, o processo se encontra no STJ aguardando o julgamento. Portanto, não foi extinto, porque o Ministério Público entende que não houve nulidade de provas.”, afirmou Jarude.
Marcos Alexandre aproveitou sua tréplica para defender a honra e criticar a postura do deputado estadual. “Jarude, se for mesmo um bom advogado, vai ver que o processo é simples, foi extinto. Mas eu quero aqui deixar o meu abraço para a família do João Mancha, uma das pessoas mais tradicionais da Transacreana que deu a vida ali pela região do Barro Alto, do Moreno Maia. Infelizmente, esse ano, Deus levou o João Mancha, mas a luta dele de ajudar a melhorar os ramais, de ser solidário com as pessoas, ficou com todo mundo. Você agride as pessoas sem saber. Então, eu quero dizer para a família do João Mancha que eu sou solidário a vocês. Assim como a todos aqueles que trabalharam e me ajudaram a fazer todas as obras que fizemos, todos os trabalhos que fizemos pela cidade. O candidato vem aqui fazer essas acusações sorrateiras, sem proposta, ele vem aqui acusar as pessoas. Infelizmente, Jarude, você, como eu já falei na eleição passada, é um candidato que se diz novo, mas com práticas velhas, está usando seu tempo para agredir as pessoas.”, afirmou Jarude.
SEGURANÇA PÚBLICA
Durante o debate eleitoral promovido pela TV Gazeta, Jarude questionou o ex-prefeito, Marcus Alexandre, sobre suas propostas para a segurança de Rio Branco.
Em resposta, Marcus Alexandre enfatizou a responsabilidade do Estado em questões de segurança, mas destacou como a prefeitura pode complementar esses esforços. “É importante a gente saber a responsabilidade de cada um nessa questão da segurança. As fronteiras é a união quem cuida, a segurança do nosso estado, da nossa cidade, é o Estado. Mas a prefeitura pode ajudar muito com ações complementares. Iluminação ajuda na segurança, a limpeza de terrenos ajuda na segurança, a manutenção de ruas ajuda para garantir que o veículo da polícia acesse os bairros da cidade. Então, são ações complementares. Quando eu fui prefeito, também cuidamos das áreas de maior movimentação. Fizemos o maior convênio com a Polícia Militar de toda a história. Valorizamos essa parceria com a Polícia Militar e criamos o banco de horas e chamando os policiais da reserva. Esse trabalho permitiu a gente ter o policiamento do Terminal Urbano, inclusive construímos lá uma central para que eles tivessem esse monitoramento.” ,afirmou.
Jarude, ao replicar, reafirmou a importância da Guarda Municipal e seu compromisso com a realização de concursos públicos. “Você que está nos assistindo, eu quero que você saiba que a Guarda Municipal é a nossa prioridade número um para a questão da segurança naquilo que está dentro da competência do município de Rio Branco. Nós vamos abrir concurso público, eu, diferentemente deles, aposto sempre na ideia de concurso público. É por isso que todas as vezes tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia eu vou ter contra aumento de cargos comissionados. E é por este motivo que nós vamos ampliar cada vez mais os concursos dentro da Prefeitura de Rio Branco, a começar pela questão da Guarda Municipal. Infelizmente, já tivemos inclusive casos dentro do Horto Florestal de estupro e certamente se a Guarda Municipal estivesse presente lá, isso teria sido evitado. Tivemos vários assaltos dentro de unidades de saúde e com certeza se nós tivéssemos Guarda Municipal, isso poderia ter sido evitado na própria Praça da Revolução, na frente da prefeitura.”, destacou.
Marcus Alexandre, em sua tréplica, reconheceu a necessidade de uma parceria mais efetiva com as forças de segurança e destacou ações planejadas para fortalecer a Guarda Municipal. “Principalmente na atual administração, nós cuidamos com carinho dessas áreas centrais e a nossa realidade era bem diferente, mas nós vamos melhorar a parceria com a Polícia Civil, vamos mandar um projeto de lei para melhorar o subsídio, para que seja mais atrativo o policial que vai fazer o plano de horas e também para aquele policial que está na reserva e que venha nos ajudar. A Guarda Municipal, que agora é uma guarda patrimonial, está agora no nosso compromisso, e nós entendemos que é chegada a hora. Vamos fazer isso de maneira planejada, com concurso público, com aquisição de equipamentos, com a construção do local onde eles vão trabalhar, então esse trabalho será dado atenção pela nossa administração.”, destacou.
3° BLOCO
Em um acalorado debate transmitido pela TV Gazeta, os candidatos à prefeitura de Rio Branco, Marcus Alexandre e Jenilson Leite, protagonizaram um embate sobre suas gestões e diferenças políticas. A discussão foi iniciada por Jenilson, que questionou Alexandre sobre o que diferenciava sua administração da atual, comandada por Tião Bocalom.
Marcus Alexandre, em resposta, destacou o legado de sua gestão como prefeito, ressaltando conquistas em áreas como saúde, educação e regularização fundiária. Ele também lembrou da participação do partido de Jarude, o PSB, em sua administração. “Eu quero lembrar a você que está em casa e ao Jenilson que, quando eu fui prefeito, o partido do Jenilson participou da minha administração. Nós tínhamos secretarias cuidadas pelo PSB. Então eu não entendo porque, quando chega a campanha, ele parece que quer esconder a contribuição que o partido deu e pessoas valorosas nos ajudaram. O que eu me orgulho é de ter sido o prefeito que mais construiu unidades de saúde, 28, de ter sido o prefeito que mais construiu creches, 14, de ter sido o prefeito que entregou 10 mil títulos definitivos, registrados em 14, de ter ajudado a criar a Secretaria de Esporte e ter feito com a comunidade. Agora, o que me diferencia do atual prefeito é porque, depois de quatro anos de trabalho, o povo de Rio Branco me reelegeu no primeiro turno”, afirmou Marcus Alexandre.
Na réplica, Jenilson não economizou críticas e ressaltou que, embora tenha colaborado com a gestão anterior, ele não esconde sua história política e destacou a semelhança entre as gestões de Marcus Alexandre e Bocalom. “O senhor e o prefeito Bocalom, no sentido do tom, não têm muita diferença, tentando desrespeitar os outros candidatos, às vezes por ter uma experiênciazinha mais de gestão. Inclusive, nessa eleição, vocês são tão parecidos que estão disputando até o tom azul. Eu não passei essa eleição tentando esconder nada. No seu caso, o senhor passou a eleição toda tentando esconder a sua história”, afirmou Jarude, sugerindo que Alexandre evita falar de seu passado ligado ao Partido dos Trabalhadores.
Marcus Alexandre, em sua tréplica, defendeu sua trajetória e destacou sua origem humilde e o trabalho realizado durante sua gestão. “Eu tenho muito orgulho da minha história, Jenilson. Eu venho de uma família simples. Eu estudei em escola pública a vida toda. Venci com muito sacrifício e dedicação. Sempre com amor e carinho. Eu, ao contrário do que você tenta colocar, sempre preservei as amizades. Eu entrei e saí pela porta da frente em todos os lugares por onde passei. Nunca fiquei apontando o dedo, como você acaba de fazer, na gestão, que inclusive o seu partido nos ajudou a governar”, rebateu Alexandre.