De acordo com o Panorama 2024 Álcool e Saúde dos Brasileiros, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), as internações atribuíveis ao abuso do álcool chega a 16,8% dessas medidas no Acre. Apesar de alto, essa taxa não está entre as maiores do país: no Paraná, por exemplo, 65,5% das internações são atribuíveis ao uso do álcool.
Além disso, o trânsito no Acre sofre sérios riscos com o abuso do álcool. Em Rio Branco, 6,9% dos motoristas dirigem após ingerir bebida alcoólica.
“Entre as capitais, em 2023, a frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas na população geral adulta, nos 30 dias anteriores à pesquisa, foi menor em Manaus (12,6%) e maior em Salvador (28,9%). As maiores frequências observadas entre os homens foram em Salvador (37,5%), Maceió (34,2%), Cuiabá (33,0%) e Teresina (33,0%), e as menores em Manaus (17,1%), Rio Branco (18,3%) e Natal (20,8%). Entre as mulheres, as maiores frequências foram observadas em Salvador (21,9%), Porto Alegre (20,8%) e no Distrito Federal (20,5%), e as menores em Manaus (8,4%), Fortaleza (9,6%) e Macapá (9,9%)”, diz o Cisa.
Em 2023, as internações atribuíveis ao álcool em pessoas brancas e pardas se igualaram, mas é provável que estes valores sempre tenham estado próximos e que a catalogação racial passou a mostrar essa realidade apenas em 2023, quando os dados sem preenchimento racial diminuem drasticamente. Outra mudança expressiva, ainda que em menor escala, foi observada na internação de pessoas amarelas, que passou de 0,3% para 1,5% do total de internações atribuíveis ao álcool entre 2010 e 2023.
As principais causas de internações atribuíveis ao álcool em 2023 foram a síndrome de dependência de álcool (CID F10.2) e a doença alcoólica do fígado (CID K70) que, em conjunto, compõem mais da metade destas internações. Para as internações decorrentes de síndrome de dependência, que totalizaram cerca de 20 mil autorizações de internações hospitalares, 75% foram feitas em caráter de urgência, e as outras 25%, em caráter eletivo.
As principais causas de internações atribuíveis ao álcool em 2023 foram a dependência de álcool e a doença alcoólica do fígado que, em conjunto, compõem mais da metade destas internações.