O dólar comercial opera com baixa ante real nesta quinta-feira (19), após a decisão de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e de aperto do Comitê de Política Monetária (Copom), o que elevou a diferença de juros entre os países, favorecendo o carry trade e o fluxo de recursos para o Brasil.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 9h05 (horário de Brasília), o dólar comercial operava com queda de 1,02%, a R$ 5,4043 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) recuava 0,93%, indo aos 5.411 pontos.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,48%, cotado a R$ 5,4601.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.
Dólar comercial
- • Compra: R$ 5,462
- • Venda: R$ 5,463
Dólar turismo
- • Compra: R$ 5,472
- • Venda: R$ 5,652
O que aconteceu com o dólar hoje?
O dólar também recuava no exterior após o Fed reduzir sua taxa de juros em 50 pontos-base na véspera, um movimento que já vinha sendo precificado pelos mercados.
O Fed deu início a um ciclo de afrouxamento monetário na quarta-feira com um corte de 50 pontos nos juros, que, segundo o chair Jerome Powell, tem o objetivo de mostrar o compromisso das autoridades com a manutenção de uma taxa de desemprego baixa, agora que a inflação tem desacelerado.
“O corte parece ser preventivo, com o gráfico de pontos que o acompanha e os comentários da coletiva de imprensa destacando mais cautela no que diz respeito ao ritmo e à magnitude da política de afrouxamento daqui para frente”, disse Salman Ahmed, chefe global de alocação estratégica de ativos da Fidelity International.
“O Fed parece confiante de que venceu a batalha contra a inflação e reconhece que a política monetária agora é muito restritiva, especialmente devido às ameaças ao crescimento”, disse Guy Stear, chefe de estratégia de mercados desenvolvidos do Amundi Investment Institute.
Na quarta-feira, os membros do Fed projetaram que a taxa de juros cairá mais 50 pontos até o final deste ano, 100 pontos no próximo ano e 50 pontos em 2026, embora tenham dito que as perspectivas para um futuro tão distante são incertas.
(Com Reuters)