Em dia marcado por volatilidade e baixa liquidez nas negociações, o dólar à vista fechou em leve queda ante o real, a R$ 5,43, em sintonia com a fraqueza da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, refletindo estímulos econômicos da China e novos dados de inflação nos EUA.
A sessão começou com investidores reagindo a novos estímulos econômicos vindos da China, com o real se fortalecendo como moeda de país exportador de commodities.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda de 0,12%, a R$ 5,436 na compra e a R$ 5,437 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) registrava perda de 0,13%, a 5.435 pontos.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,59%, cotado a R$ 5,4452. Na semana, a moeda perdeu 1,53% de valor frente o real.
Dólar comercial
- • Compra: R$ 5,436
- • Venda: R$ 5,437
Dólar turismo
- • Compra: R$ 5,470
- • Venda: R$ 5,650
O que acontece com dólar hoje?
Como em dias anteriores, as negociações de câmbio abriram com os investidores reagindo a novos estímulos econômicos vindos da China. O banco central do país asiático reduziu a taxa de compulsório e injetou liquidez no sistema bancário, em mais uma ação de Pequim para atingir a meta de crescimento de 5% em 2024.
Além disso, há expectativa de que mais medidas fiscais sejam anunciadas antes do feriado de uma semana que começa em 1º de outubro.
Ao longo da semana, outros estímulos da China já haviam favorecido moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, em detrimento do dólar. Em setembro, o Real é a moeda que mais se valorizou ante 27 divisas de outros países.
Ainda na primeira hora de negócios, o dólar saltou para o campo positivo, marcando a máxima de R$ 5,4592 (+0,26%). Durante a sessão, a moeda voltou a sustentar leves baixas, acompanhando o recuo visto no exterior após a divulgação de novos dados de inflação nos EUA.
O índice de preços PCE, a medida de inflação preferida do banco central americano, subiu 0,1% em agosto, ante alta não revisada de 0,2% em julho e expectativa de 0,1%. Nos 12 meses até agosto, o PCE avançou 2,2%, após um aumento de 2,5% em julho.
“O PCE veio dentro da expectativa, o que mostra que a tese de que a economia dos EUA está caminhando para um pouso suave se mantém”, comentou Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval.
Uma das leituras no mercado foi de que o PCE reforçou as chances do Federal Reserve promover novo corte de 50 pontos-base de sua taxa de juros em novembro, e não apenas de 25 pontos-base.
Às 17h19, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,18%, a 100,42 pontos.
(Com Reuters)