Dólar cai 1,3% e fecha abaixo de R$ 5,50 após estímulos na China e ata do Copom

O dólar fechou em queda forte ante o real nesta terça-feira (24) e voltou a negociar abaixo de R$ 5,50, devolvendo os ganhos dos dois pregões anteriores. A moeda brasileira se fortaleceu com o anúncio de medidas para estímulo econômico na China, o que beneficia países emergentes.


Outro assunto que ajudou na queda do dólar hoje foi a divulgação da ata do Copom, que mostrou que os membros da autarquia votaram de forma unânime por uma alta de 25 pontos-base na Selic, agora em 10,75% ao ano.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em queda de 1,30%, a R$ 5,462 na compra e a R$ 5,463 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha queda de 1,47%, a 5.462,5 pontos.


Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,26%, cotado a R$ 5,5352. Em setembro, a moeda norte-americana acumula queda de 3,10%.


Dólar comercial

  • •  Compra: R$ 5,462
  • •  Venda: R$ 5,463

Dólar turismo

  • •  Compra: R$ 5,490
  • • Venda: R$ 5,670

O que aconteceu com o dólar?

Nesta terça-feira (24) os mercados globais avaliavam o anúncio de uma série de medidas de estímulo econômico na China, em meio a crise imobiliária e uma demanda interna fraca no país, o que tem dificultado a busca pela meta de crescimento.


O presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, disse que a instituição cortará a taxa de compulsório dos bancos em 50 pontos-base e a taxa de recompra reversa de sete dias em 0,2 ponto percentual, para 1,5%, a fim de injetar mais liquidez na economia e reduzir os custos de empréstimos.


Também foram anunciadas medidas voltadas para impulsionar a compra de ações e o setor imobiliário.


O anúncio provocou uma melhora na percepção global sobre o consumo na China, maior importador de matérias-primas do planeta, impulsionando ativos em diversos mercados, incluindo ações e moedas de países com relações comerciais profundas com o gigante asiático.


Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, eram impactados positivamente através do aumento dos preços de produtos importantes para suas economias, como o petróleo e o minério de ferro.


Neste cenário, após registrar a cotação máxima de R$ 5,5279 (-0,13%) ainda na primeira hora de negócios, o dólar despencou para a mínima de R$ 5,4466 (-1,60%) às 11h13 (horário de Brasília).


No cenário nacional, agentes financeiros analisavam a ata da mais recente do Copom, que mostrou como membros da autarquia votaram de forma unânime por uma alta de 25 pontos-base na Selic, agora em 10,75% ao ano.


O documento não deu indicação futura sobre os próximos passos para os juros básicos no país, mas insistiu em seu firme compromisso com a meta de inflação, também defendendo transparência da política fiscal do governo.


“A ata trouxe a confirmação daquilo que o comunicado já havia dado os primeiros indícios: um tom duro, bravo e hawkish, indicando agressividade nos próximos movimentos do BC”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.


Profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias têm avaliado que a perspectiva de uma Selic ainda mais alta no Brasil, com juros menores nos EUA, abriria espaço para o dólar buscar níveis abaixo dos R$ 5,40. No entanto, a preocupação do mercado com o equilíbrio fiscal — que vem sustentando a curva de juros brasileira — seria um obstáculo para isso.


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